Caso de zika confirmado leva a bloqueio sanitário

O secretário da Saúde, Leonardo Vilela, falou sobre o caso de zika registrado em Goiás na última quinta-feira, dia 17. Este é o primeiro caso autóctone do vírus no Estado, ou seja, detectado no mesmo local onde ocorreu a transmissão. Trata-se de uma mulher grávida, de 22 anos, com 14 semanas de gestação, moradora de Santo Antônio do Descoberto. O caso foi notificado no Distrito Federal, onde a paciente foi atendida e os exames atestaram o zika vírus. O exame positivo foi processado no Lacen-DF.

O secretário da Saúde, Leonardo Vilela, esclareceu que o teste para a confirmação do vírus deve ser feito, de preferência, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas, “que foi o caso da paciente de Santo Antônio”. Leonardo Vilela ressaltou que o fato de a gestante ter sido infectada pelo zika não significa que o bebê necessariamente terá microcefalia. “É claro que é uma gestação que terá que ser acompanhada, mas nós esperamos e torcemos para que corra tudo bem”, diz.

Medidas
O secretário informou que, diante do caso, foram tomadas medidas de bloqueio sanitário em Santo Antônio do Descoberto. “Esse bloqueio é um procedimento padrão que consiste na identificação e eliminação do foco com a pulverização para matar o mosquito, num raio de 150 metros. Também realizamos um trabalho de conscientização com os vizinhos para combater o Aedes, que é o transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.” Ele disse também que a gestante tem a opção de ser acompanhada no Distrito Federal ou em Goiás.

Segundo Vilela, caso opte pelo acompanhamento no Estado, a paciente terá toda assistência e pré-natal no Hospital Materno Infantil (HMI). Para o secretário da Saúde, a confirmação do caso reforça a importância das ações de combate ao Aedes aegypti e prevenção em especial por parte das gestantes. “É importante o uso de repelentes, mas não só isso. A mulher grávida precisa garantir que não haja foco do mosquito na sua casa.

É preciso conscientizar os vizinhos; usar telas protetoras nas janelas; usar roupas longas que protejam os braços e pernas; e proteger também os pés.” Sobre a distribuição gratuita de repelentes para gestantes anunciada pelo Ministério da Saúde, Leonardo Vilela disse que é provável que os produtos sejam disponibilizados nas unidades de Saúde a partir de janeiro.

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