CÂNCER DE MAMA – Apenas 1/4 das mulheres brasileiras fizeram mamografia em 2022.

O Brasil novamente apresentou uma queda nos exames de mamografia feitos, ficando abaixo da recomendação da Organização Mundial de Saúde.

Daniela Ferreira**

Segundo dados levantados do mês de janeiro deste ano até o mês de julho, pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), somente 1/4 das mulheres brasileiras com mais de 50 anos fizeram a mamografia. Foram realizadas apenas 1.108.249 milhão de mamografias em todo o Brasil. Enquanto, em 2017, ano anterior ao começo da pandemia, o número de exames feitos foram de 2.7 milhões.

Médica explica que a falta de adesão da mamografia afeta diretamente as taxas de mortalidade da doença, pois, uma vez que ela é descoberta em seu estágio inicial, as suas chances de cura são de 95%. No entanto, quanto mais o tempo passa, mais difícil fica a recuperação.

Apesar da quantidade de mamografias feitas em 2017 já estar abaixo da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenta uma cobertura de pelo menos 70% das mulheres com mais de 50 anos, a taxa de exames feitos na primeira metade de 2022 conseguiu cair ainda mais.

Para a Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Rio de Janeiro, Maria Julia Calas, a causa dessa queda na procura por mamografias é multifatorial. Entretanto, ela destaca dois problemas que acabam sendo determinantes: a falta de conhecimento sobre o câncer de mama e a sua prevenção e a desigualdade no acesso à saúde.

“Existem algumas questões de ordem burocrática, a falta de informação, a falta do passo a passo, a falta de orientação de como e onde fazer e como esse exame é feito, existe. Apesar das campanhas do Outubro Rosa, existe uma população que desconhece a importância da realização da mamografia e o passo a passo para realização, seja via SUS ou Sistema Privado”, explica a especialista.

“A segunda situação são as questões de diferenças regionais, com relação a equipamentos disponíveis, a qualidade dos equipamentos, e também toda a equipe que é precisa, como um técnico para realizar o exame, um médico para fazer o diagnóstico, de um filme para impressão para ser entregue para a paciente. E isso por vezes, quando vemos o Brasil como um todo, nossas diferenças regionais, sabemos que é dispare, e, infelizmente, existem muitas mulheres que não realizam o exame. Além das questões burocráticas de informação, existe também, por parte das pacientes, o medo da dor do exame da mamografia, porque é um exame que contém uma compressão e para aquelas que têm mamas sensíveis é mais incômodo”, fala a profissional da saúde.

A médica também explica que a falta de adesão da mamografia afeta diretamente as taxas de mortalidade da doença. Pois, uma vez que ela é descoberta em seu estágio inicial, as suas chances de cura são de 95%. No entanto, quanto mais o tempo passa, mais difícil fica a recuperação.

***FONTE: IG Delas.

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