CAMPOS BELOS – Amor e solidariedade para uma melhor sobrevida de Luzia.

Com graves deficiências físicas e neurológicas, integrante de uma família em situação de vulnerabilidade social, Luzia precisa doações, carinho e atenção. Demos o primeiro passo para melhorar sua sobrevida, agora precisamos de autoridades, entidades beneficentes, empresários e da comunidade como um todo para seguir nessa ação de amor e solidariedade.

Roberto Naborfazan

Estava em Goiânia quando recebi algumas imagens mostrando a situação de Luzia, uma menina com graves deficiências físicas e neurológicas, moradora de Campos Belos, município localizado no extremo do nordeste goiano, já na divisa com o estado do Tocantins.

Como estava com viagem marcada para nossa região, prometi à família que a visitaria assim que por lá chegasse. Assim o fiz, e o que vi me deixou muito emocionado.

Luzia tem dezenove anos (completará vinte anos nesta terça-feira, 28 de novembro), tem pouco mais de um metro e pesa aproximadamente trinta quilos. Corpo disforme, com membros superiores e inferiores atrofiados, tendo uma das pernas impedindo que ela vire na posição lateral para a esquerda, fazendo com que ela fique praticamente o tempo todo com o rosto e o peito para cima (Decúbito dorsal).

Luzia mora com a mãe, Maria Divina Bento Serafim, e o padrasto, Wesley de Torres Quintanilha, em uma casa humilde de quatro cômodos, no setor Cruzeiro, ao lado do Clube Arrepia. Ao mostrarmos a imagem de Luzia no vídeo abaixo e na capa desta reportagem, com autorização da mãe, não queremos sensacionalismo e nem exploração de imagem, nosso foco é buscarmos empatia e auxílio para essa menina.

Como a mãe não pode trabalhar fora, porque Luzia exige cuidados constantes, elas vivem do Benefício de Prestação Continuada – BPC que a menina recebe. Por falha na comunicação com a assistência social do município, a mãe não estava inclusa no programa Bolsa Família.

O padrasto, que já enfrentou problemas com o alcoolismo, e vem lutando dia a dia, há vários anos, para se manter sempre sóbrio, sofre frequentes ataques epiléticos, e está organizando documentação que o permita se aposentar. Ele hoje vive fazendo bicos, onde consegue alguns poucos recursos financeiros.

Em seu quartinho de paredes rebocadas e sem pinturas, Luzia, um espirito preso em um corpo inerte, só tem o teto e as paredes para olhar, sofrendo com o escaldante calor que habitualmente existe em Campos Belos, mas agora com maior intensidade.

Sem fraldas, com alimentação simples, sem uma cadeira de rodas para poder ser levada para passear e ver o mundo, a menina vegeta naquele espaço reduzido e quente, apesar de toda dedicação e amor da mãe e do padrasto.

Com apenas o benefício de Luzia e o pouco que ganha o padrasto, a família vive em vulnerabilidade social grave, a isso se juntando a pouca iniciativa na busca de direitos e benefícios junto aos órgãos e entidades públicas e beneficentes.

Como de costume em minha vida, busquei agir com celeridade para minimizar o sofrimento dessa menina, que apesar de todo o drama vivido, tem um olhar doce e meigo.

Com ajuda financeira de meus amigos/irmãos João Beltrão Filho e Edson Vaz Terra (Bith), comprei um ventilador de bom tamanho e velocidades para Luzia. A compra foi feita da Casa Costa. Aproveito para agradecer o gerente da loja, Reginaldo, que deu um excelente desconto.

Em seguida, procurei a Secretária Municipal de Ação Social, Cidadania, Juventude e Trabalho, e primeira-dama de Campos Belos, Tathyane Pricinote Batista, que, gentilmente, me recebeu com toda sua equipe, já com dados de Luzia e família em mãos.

Segundo Tathy Pricinote, corroborada por sua equipe, a mãe de Luzia mudou de endereço e não atualizou seu cadastro junto ao CRAS, dificultando a assistência a família. Havia também falta de informação sobre o padrasto, que se juntou a família há aproximadamente um ano, por isso não estavam inscritos no Bolsa Família.

Pedi a secretária seu apoio e especial atenção sobre o caso de Luzia. Disse a ela que precisava de um colchão antiescaras (escaras são feridas nas costas provocadas pelo longo tempo na posição de decúbito dorsal), de fraldas tamanho M, alimentos e toda a assistência que sua pasta puder dar não só a Luzia, mas também orientações psicológicas aos pais para que possam compreender melhor a missão que eles têm. Simpática e atenciosa, Tathy Pricinote me afirmou que cuidará pessoalmente do caso.

Meus mais sinceros agradecimentos a Secretária Municipal de Ação Social e primeira-dama de Campos Belos, Tathyane Pricinote, e sua equipe, pelo pronto atendimento a essa importante demanda social.

Saindo da reunião com a primeira dama e secretária da ação social, fui ao encontro da presidente do Rotary Club de Campos Belos – Nova Geração, Fabiane Gontijo, com quem já estava pré-agendado.

Também a ela fiz a narrativa sobre a situação de Luzia e seus difíceis enfrentamentos. Fabiane Gontijo, que além de empresária, é proprietária do Hotel Vitória, também preside o Conselho municipal de Segurança, é mobilizadora do Hospital do Amor e atuante do Programa Líder no nordeste goiano, coordenado pelo Sebrae -Goiás.

Assim como eu, Fabiane Gontijo também é rápida nas ações. Imediatamente acionou a presidente da comissão de assistência ao idoso e pessoas em estado de vulnerabilidade social do Rotary, Rosulinda Guimarães Costa (Rosu), e o novo integrante da entidade, Genielzio Messias, que através do banco de equipamentos ortopédicos do Rotary  de Campos Belos – Nova Geração, ofereceu e entregou para Luzia uma cadeira de rodas e uma cadeira de banho, já com o redutor de vão, devido ao tamanho de Luzia.

Enquanto acompanhava Fabiane Gontijo nessa ação, recebi da secretária Tathyane Pricinote a informação de que ela e sua equipe já estavam na casa de Luzia, a quem entregaram o colchão antiescaras, fraldas tamanho M e uma cesta básica.

Tathyane Pricinote me confirmou também que,por meio do benefício familiar, com a inclusão do padrasto, a mãe de Luzia será inclusa no programa Bolsa Família, e também no Programa  PAA, que é um programa por meio do qual o Governo Federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e os destina gratuitamente para pessoas que não têm acesso à alimentação adequada e saudável e àquelas atendidas pela rede da assistência social, como o CRAS.

Falei também com a agente de saúde responsável pelo setor Cruzeiro, Almira Rodrigues (Miriam), que me disse ter encontrado um pouco de dificuldade para fazer o cadastro para assistência a Saúde do bairro devido a família ter mudado endereço e depois ter retornado para o Setor Cruzeiro, e que só neste mês de novembro conseguiu fazer o cadastro de Luzia.

Pedi a Miriam uma atenção especial sobre a Luzia, e ela disse que já estava atenta a situação, mas que iria se empenhar ainda mais, tanto que, dois dias depois, fez uma nova visita a Luzia, dessa vez acompanhada pelo Doutor Danilo Martins, que além de fazer uma breve consulta médica, atestou a necessidade do uso continuo de fraldas, e da necessidade de uma carrinho de bebê, visto que na cadeira de rodas, devido a rigidez do corpo de Luzia, ela corre o risco de se acidentar.

Por amor, ajudem!!!

O primeiro passo rumo a busca de uma sobrevida mais amena para Luzia foi dado. A assistente social Marlucia Quintanilha e a Presidente do Rotary Club, Fabiane Gontijo, estão se juntando a outras pessoas e entidades para fazer uma festa de aniversário amanhã, dia 28, para comemorar os vinte anos de Luzia.

Luzia precisa com urgência de um carrinho para bebê em tamanho maior, para que ela possa sair de casa algumas vezes.

Mas as pessoas que quiserem ser voluntárias na ajuda a essa menina que tanto sofrimento tem enfrentado, pode ajudar de várias formas, como: Uma cabelereira (o) que puder passar para cortar o cabelo, uma costureira que puder fazer um vestidinho novo, um dono de loja de material de construção que puder doar tintas para pintar o quartinho de Luzia, uma pedreiro/pintor que puder fazer essa pintura, alguém que possa doar um cama mais alta e larga, brinquedos que tenham imagens em movimento, uma TV para que ela veja algo além das paredes, ou simplesmente uma visita para levar amor e atenção.

A família mora na rua C 14, Quadra 31, Lote 23 Setor Cruzeiro, ao lado do Clube Arrepia.

Quem tiver algo para doar para Luzia e sua família pode também ligar para Fabiane Gontijo no telefone 62 99666-5225 ou para Marlucia Quintanilha no telefone 62 9 9684-3724

Rotary Club de Campos Belos – Nova Geração.

Integrante de uma rede definida como uma organização internacional formada por líderes comunitários engajados para fazer o bem, o Rotary Club de Campos Belos – Nova Geração têm atuado na auxilio e em benefício da comunidade Campo-Belense.

A organização tem um banco de equipamentos ortopédicos como cadeira de rodas, cadeira de banho, muletas, botas ortopédicas, entre outros.

As pessoas que precisam desses equipamentos, basta acessar o link https://www.rotaryclubdecamposbelosng.org.br/ortopedico e ver se o equipamento que precisa está disponível. Se tiver, basta preencher o formulário de empréstimo do equipamento. É rápido, no mesmo dia, no máximo em vinte e quatro horas a pessoa estará como equipamento em casa. Quando não precisar mais usar, é só devolver para o Rotary.

Ao mesmo tempo que o Rotary Club de Campos Belos – Nova Geração faz esses empréstimos de equipamentos, a organização precisa repor o estoque no banco de equipamentos ortopédicos.

Por isso, se você tem uma cadeira de rodas, uma cadeira de banho, uma muleta, uma bota ortopédica ou qualquer outro equipamento que não precise mais usar, doe para o Rotary Club de Campos Belos – Nova Geração. É só ligar para a Rosulinda Guimarães Costa (Rosu), no telefone 62 9 9667-3280 ou para a Fabiane Gontijo no telefone 62 99666-5225.

Seja também voluntário no conserto de equipamentos quebrados ou com defeitos, e ajude pessoas em situação de vulnerabilidade social

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