Campanha: Lugar de remédio não é no lixo
Sindicato integra grupo que vai lançar campanha para o descarte correto de medicamentos
O Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Goiás (Sinfar-GO) participou na quinta-feira, 3, de uma reunião do Grupo de Trabalho Temático (GTT) de Medicamentos. O encontro teve como objetivo discutir o projeto que dará origem a uma grande Campanha para o descarte correto de resíduos de medicamentos. As autoridades sanitárias há muito estão preocupadas com os riscos que esses resíduos podem causar ao meio ambiente e à saúde da população, uma vez que estudos já comprovam a contaminação da água e do solo por esses resíduos. Há também suspeitas de que até o ar possa sofrer contaminação.
A farmacêutica Mirtes Barros Bezerra é secretária-geral do Sinfar-GO, diretora da Vigilância Sanitária de Goiânia e integrante do GTT. Ela explica que a campanha, prevista para se iniciar em junho, terá caráter educativo nos seis primeiros meses. “Neste primeiro momento queremos envolver a comunidade que poderá depositar em qualquer farmácia ou drogaria medicamentos vencidos, inutilizados ou impróprios para o uso”, esclarece. De acordo com Mirtes Barros haverá urnas nos postos de coleta para atingir o que o Grupo chama de Logística Reversa, que é conseguir com que o medicamento inutilizado retorne ao produtor (laboratório/indústria).
Para tanto, o GTT conta com a adesão de 40 entidades e envolve também farmácias, distribuidoras e indústrias farmacêuticas. A campanha é uma iniciativa nacional que conta com a participação de cinco Ministérios (Saúde, Agricultura, Meio Ambiente,Fazenda e Integração), Vigilância Sanitária dos governos federal, estadual e municipal; universidades, sindicatos, dos Conselhos de Farmácia, Medicina, Enfermagem e Medicina Veterinária; Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e outras instituições.
O presidente do Sinfar, Cadri Awad representou a entidade na reunião e disse que é grande a preocupação com as consequências do descarte incorreto, como o consumo impróprio. “São medicamentos que ficam em casa porque não foram utilizados em sua totalidade e a pessoa acaba consumindo de maneira errada, sem a prescrição médica”, destaca. Para Mirtes Barros, a participação do Sinfar-GO na campanha é primordial, pois caberá ao profissional farmacêutico sensibilizar a população. Além de treinar as equipes, os farmacêuticos vão orientar os cidadãos a depositarem o medicamento no lugar certo. “Trata-se de uma campanha que depende essencialmente da participação popular e do engajamento do farmacêutico”, disse.
