BIOINSUMOS – Fapeg inaugura biofábrica em Campos Belos, no nordeste goiano.
O uso de bioinsumos beneficia diretamente a agricultura familiar e comunidades locais, como a quilombola Kalunga, com foco no desenvolvimento socioeconômico e ambiental sustentável.
Roberto Naborfazan**
O Governo de Goiás, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), inaugurou a quarta biofábrica do Centro de Excelência em Bioinsumos (CEBIO) na Unidade de Transferência de Tecnologia do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) em Campos Belos, região nordeste do estado. A instalação marca um avanço no uso de bioinsumos, beneficiando diretamente a agricultura familiar e comunidades locais, como a quilombola Kalunga, com foco no desenvolvimento socioeconômico e ambiental sustentável.
Marcos Arriel, presidente da Fapeg, ressaltou o papel da ciência e da inovação para o desenvolvimento regional, afirmando que o governo estadual está comprometido em levar tecnologia e pesquisa a todas as regiões de Goiás. “Esse é um dia histórico para o IF Goiano, para a Fapeg e, sobretudo, para a região de Campos Belos. Estamos vivendo um momento de interiorização da pesquisa”, afirmou Arriel, durante sua primeira visita à região, representando o governador Ronaldo Caiado.
O evento também contou com a participação de autoridades acadêmicas e locais. O professor Alan Carlos da Costa, Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IF Goiano, elogiou o apoio da Fapeg à interiorização da pesquisa e destacou o impacto que a nova biofábrica terá na redução de custos de produção agrícola e no fortalecimento da agricultura familiar. “A biofábrica de Campos Belos reforça os pilares econômico, social e ambiental que o CEBIO busca fortalecer”, declarou.
O professor Alexandre Igor, diretor-geral do CEBIO, ressaltou o papel estratégico da biofábrica em Campos Belos na expansão do conhecimento e das práticas sustentáveis. Ele mencionou os esforços do centro em estabelecer diálogos internacionais e prospectar novas oportunidades para os estudantes da região. “O CEBIO está quebrando barreiras, e a UTT Campos Belos tem sido um exemplo nesse processo. Já estamos conversando com diversos parceiros internacionais e criando um futuro promissor com uma visão de bioinsumos que integra ciência, economia e sustentabilidade”, comentou.
Outro destaque foi a participação das Mulheres Kalungas, que emocionaram o público ao relatar o impacto dos bioinsumos em suas vidas. As “Meninas da Floresta”, como são conhecidas, compartilharam experiências sobre a adoção de técnicas sustentáveis e a valorização dos saberes tradicionais. “Nunca trabalhei pra ninguém, trabalho pra mim, pra minha horta. Sou Maravilhosa!”, afirmou Dona Fiota Kalunga, uma das líderes da comunidade.
A nova biofábrica integra as comemorações da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Campus Campos Belos e reforça a missão da Fapeg em democratizar o conhecimento científico e tecnológico, promovendo o equilíbrio ecológico e o desenvolvimento sustentável em Goiás.
O que são os bioinsumos
Bioinsumos são produtos, processos ou tecnologias de origem vegetal, animal ou microbiana, usados na produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agropecuários. Eles podem ser utilizados em sistemas de produção agrícola, pecuária, aquícola e florestas.
Os bioinsumos podem ser classificados em diferentes tipos, como:
– Biodefensivos: Usados para controlar pragas, doenças e plantas daninhas.
– Biofertilizantes: Usados para melhorar a fertilidade do solo.
– Bioestimulantes: Usados para melhorar o desenvolvimento das plantas.
Os bioinsumos são uma alternativa sustentável aos materiais químicos tradicionais utilizados na agricultura. Eles oferecem vantagens como: Aumento da produtividade, Preservação da natureza e do meio ambiente, Redução de custos com defensivos e fertilizantes.
A demanda por bioinsumos tem aumentado nos últimos anos, devido ao desejo da sociedade por melhores alimentos e condições de saúde
***Com informações do IF Goiano/Cebio