AVALIAÇÃO MÉDICA – Maguito tem estado grave em luta contra infecção de bactérias e fungos no pulmão.
Marcelo Rabahi contou que o prefeito eleito está o tempo todo sedado e depende de medicamentos para controlar a pressão.
Vanessa Martins***
Prefeito licenciado de Goiânia, Maguito Vilela (MDB) segue internado combatendo infecção de bactérias e fungos no pulmão. Segundo o médico Marcelo Rabahi, o paciente está em estado considerado grave e sedado o tempo todo.
“Foi identificada infecção bacteriana e fúngica nos pulmões e ele está tomando antibióticos. Quadro é grave pela fragilidade dele. Não teve piora, mas ainda não voltou ao que estava antes”, avaliou o médico.
Ainda conforme Rabahi, Maguito voltou para a ventilação controlada e precisa dos medicamentos para controlar a pressão (drogas vasoativas).
No domingo (10), Maguito completou 80 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele se recupera de problemas causados pela Covid-19, da qual já está curado.
Segundo o filho dele, Daniel Vilela, informou ao G1 na sexta-feira (8), o pai está reagindo bem com o uso de antibióticos para tratar a infecção. No dia, Daniel disse ainda que essa é uma intercorrência considerada normal para casos tão prolongados de internação, mas que toda família está confiante.
Maguito Vilela foi empossado como prefeito de Goiânia no dia 1º por assinatura eletrônica, direto da UTI. Porém, no mesmo dia foi pedido afastamento do cargo para continuar o tratamento. O vice, Rogério Cruz (Republicanos), assumiu a administração municipal.
Histórico de internação
Maguito testou positivo para o coronavírus em 20 de outubro de 2020. Dois dias depois, foi internado em um hospital de Goiânia.
Uma semana depois, em 27 de outubro, ele recebeu diagnóstico de até 75% de inflamação nos pulmões e foi transferido para o Hospital Albert Einstein de São Paulo para continuar o tratamento.
Três dias após dar entrada no Albert Einstein, Maguito foi entubado pela primeira vez após piora no quadro respiratório. Em 8 de novembro, ele apresentou melhora e voltou a respirar sem o equipamento.
Devido a fragilidade no quadro de saúde, desde que chegou a São Paulo, o político viveu uma montanha russa de altas e baixas no tratamento. Diante de novo agravamento, Maguito foi entubado novamente em 15 de novembro, no primeiro dia de votação do 1º turno da eleição para a prefeitura de Goiânia.
Dois dias depois, o político apresentou nova piora e precisou de tratamento respiratório com a ECMO, uma máquina que imita as funções dos pulmões e do coração, para poupar os órgãos durante o tratamento.
Maguito voltou a realizar teste de coronavírus na UTI, em 3 de dezembro. Após testar negativo, ele foi transferido para um leito de UTI comum do hospital porque não estava mais com o vírus no organismo. Depois de dois dias, a máquina ECMO foi retirada.
2021
Em 11 de janeiro, o político apresentou um sangramento nos pulmões e passou por uma cirurgia para controlar o quadro. Após o procedimento, ele não teve mais hemorragias nos órgãos e voltou a ter um quadro estável, com redução dos sedativos.
Novamente, Maguito teve uma piora no quadro de saúde com uma infecção nos pulmões provocada por bactérias e fungos. A equipe médica iniciou tratamento com antibióticos e remédios vasoativos para controlar a pressão arterial de forma artificial.
Em agosto de 2020, Maguito perdeu duas irmãs para a Covid-19 em um intervalo de menos de 10 dias. Elas tinham 82 e 76 anos e moravam em Jataí, cidade natal do político, localizada no sudoeste de Goiás.
***Repórter do G1 GO