ATO EM BRASÍLIA – PGR pede investigação contra manifestante bolsonarista que atacou enfermeiros.

Consulta a banco de dados confirma identidade de homem, que também participou de ato contra o STF.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou para o Ministério Público Federal na primeira instância um pedido de investigação contra um manifestante bolsonarista que atacou enfermeiros durante ato realizado na última sexta-feira em Brasília.

Renan Sena é a pessoa que foi flagrada, no dia 1º de maio, agredindo uma enfermeira que participava de um ato pacífico de sua classe, a favor do isolamento social.

A PGR fez uma consulta nos seus bancos de dados e constatou que as imagens de um manifestante agredindo as enfermeiras correspondem à de uma pessoa de nome Renan da Silva Sena, residente no Distrito Federal. Também identificou que a mesma pessoa participou de protesto contra o Supremo Tribunal Federal com expressões ofensivas à corte.

Engenheiro eletricista, Renan Sena é um dos líderes da manifestação de domingo, 3, em Brasília, para pedir a destituição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a expulsão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Sena é a pessoa que foi flagrada, dois dias antes, no dia 1º de maio, agredindo uma enfermeira que participava de um ato pacífico de sua classe, a favor do isolamento social, por causa da pandemia do coronavírus.

Ligado a grupos de direita que pedem ações como o fechamento do STF e que seus ministros sejam julgados por crimes por uma “corte militar”, Renan Sena teve participação direta na organização do ato e estava presente na Praça dos Três Poderes no domingo. Sua atuação foi confirmada ao “Estado” pela Polícia Militar do Distrito Federal, que detinha, inclusive, o contato de Sena como um dos representantes da manifestação. Renan pode pegar até um ano e quatro meses de prisão.

O ofício da PGR aponta que os fatos são “de inegável gravidade” e podem ser enquadrados em crimes da Lei de Segurança Nacional e crimes contra a administração pública. O documento é assinado pelo procurador João Paulo Lordelo, membro da assessoria especial do procurador-geral da República Augusto Aras, e foi destinado ao chefe da Procuradoria da República no Distrito Federal, Cláudio Drewes, que distribuirá a investigação para algum membro da Procuradoria. O caso deve correr em primeira instância porque o homem não possui foro privilegiado.

“Solicito a Vossa Excelência a distribuição da presente notícia crime para adoção das medidas que o procurador da República natural compreender necessárias”, escreveu o procurador.

Ontem, a PGR também havia solicitado investigação de agressões feitas contra jornalistas em manifestação no último domingo, que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro.

 

 

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