ARTIGO – Colégio militar não é uma bolha
Aconteceu que nos últimos dias, ex-alunos e alunos integrantes da Instituição Colégio Estadual da Polícia Militar no Estado de Goiás foram flagrados em situações que não condizem com aquilo que é apregoado diuturnamente nas unidades CEPMGs, e o bafafá na surdina foi grande.
Um vídeo circula pelas redes sociais mostra grupo de adolescentes cheirando algo, semelhante a lança perfume e fazendo poses características de quem realmente faz uso continuo de drogas.
Meu Deus! Outro vídeo mostra ex-alunos do CEPMG de Valparaíso de Goiás, no entorno do DF, passando em frente a unidade de carro e xingando um militar.
Depois outro vídeo mostra essa mesma ex-aluna que xingou o sargento se redimindo em um clássico “mea culpa”, que jamais irá mudar o seu caráter intrinsecamente pernicioso.
Ocorre que: Parece até que não, mais a instituição é pública, e por ser pública pertence logicamente ao povo, devido a grande procura para o acesso nos chamados CEPMGs , o Ministério Público de Goiás, orientou que o ingresso de alunos na unidade seja através de sorteio, modalidade na qual não há critérios, ou seja nos Colégios Militares em Goiás se recebe em sua maioria excelentes alunos, são jovens e adolescentes de famílias estruturadas, com personalidade e princípios sólidos.
Porém são sorteados e sem nenhuma discriminação acolhidos nos Colégios Militares aqueles jovens e adolescente, que possuem vidas completamente desgarradas, com pais viciados em drogas licitas e ilícitas, sem princípios, sem nenhum tipo de estrutura familiar, portanto sem condições de prover a continuidade daquilo que o Colégio Militar ensina. Contrariamente a isso, trabalham desfavoravelmente na formação dos filhos e desconstroem o que aluno a duras penas aprendeu.
Os jovens e adolescentes, que ingressam nos Colégios Militares, não vieram de um grupo seleto, não foram escolhidos a dedo conforme sua estrutura familiar e caráter. São comuns, pinçados da sociedade a que pertencemos. Com as suas qualidades, defeitos, vícios, formação e doutrinamento familiar seja ele bom ou ruim.
Trabalha-se nos Colégios Militares, além das matérias curriculares a valorização da ética, do civismo e da cidadania, no entanto o jovem, o adolescente necessitam da continuidade desse aprendizado no seio de sua família, através dos exemplos que se tem em casa. No Colégio Militar se diz Senhor e Senhora, mas em casa o aluno ouve a mãe ser chamada de vadia e o pai de vagabundo. Jesus amado! Como tem dessas coisas!
De nada serve o aluno aprender no banco de um Colégio Militar, que as drogas não lhe trarão um futuro promissor, se ao chegar em casa, esse mesmo aluno encontra os próprios pais compartilhando entre si um cigarro de maconha ou uma carreira de cocaína.
Enquanto os Colégios Militares estiverem admitindo os alunos da sociedade em que ora vivemos, iremos sempre vivenciar esse tipo de problema. No dia em que se passar a admitir, que somente alunos que habitam outro planeta, possam ingressar no Colégio Militar, talvez não tenhamos mais esses tipos de infortúnios.
Mas somos da terra, vivemos em sociedade de valores morais e éticos deteriorados e nela, cabe a nós separar o joio do trigo.
A Proposta dos Colégios Militares em Goiás, é a infinita busca de ser o “sal da terra”, uma proposta com diferencial assertivo e que tem dado resultados satisfatórios. A prova cabal disso é a demanda por vagas nas unidades.
Devemos estar sempre prontos a sermos aturdidos por problemas inerentes a sociedade, posto isto que não habitamos em uma bolha, nos estamos no mundo e o mundo está repleto de infinitos problemas.