ANTISSOCIAL – Servidor da PGR atira ovo e ofende moradores de condomínio. Ele poderá ser multado em até R$ 25 mil.

Servidor é acusado de proferir ameaças e injúrias, além de ter comportamentos agressivos e antissociais no edifício onde mora. Marx Amaro Motta já ameaçou a síndica do prédio, Sílvia Peres, e colocou fezes, camisinhas e lixo na caixa de correspondência dela.

Francisco Dutra**

Em nome da “paz social”, o juiz da 25ª Vara de Família do Distrito Federal autorizou a administração do condomínio San Marino, na Asa Norte, a aplicar multa de até R$ 25 mil contra um morador do residencial.

Servidor do Ministério Público Federal (MPF) lotado na Procuradoria-Geral da República (PGR), o condômino Marx Amaro Motta é acusado pela administração do prédio de cometer ameaças, injúrias e de ter comportamentos antissociais, como o de arremessar ovos em áreas comuns.

Administração do residencial entrou com processo para expulsão do condômino. Mesmo com processo em curso, servidor público teria mantido atos antissociais

Em denúncia divulgada pelo Metrópoles em janeiro último, a administração do Bloco H da 210 Norte detalhou Marx ameaçou a síndica do prédio, Sílvia Peres, e colocou fezes, camisinhas e lixo na caixa de correspondência dela. O morador supostamente não aceitava cumprir as regras do condomínio nem arcar com os custos relativos à administração do edifício.

Servidor do Ministério Público Federal (MPF) lotado na Procuradoria-Geral da República (PGR), Marx Amaro Motta, mesmo com processo em andamento, continuado com as ameaças e os insultos. FOTOS: Metrópoles.

Diante desses comportamentos, os gestores do condomínio entraram com ação na Justiça do Distrito Federal para pedir a expulsão do servidor público. Ainda assim, durante o andamento do processo, Marx teria continuado com as ameaças e os insultos, além de chegar a jogar ovos da sacada do próprio apartamento.

Diante disso, o juiz Júlio Roberto dos Reis, em decisão liminar, autorizou a aplicação de multa de até R$ 25 mil, pois as advertências e cobranças anteriores não surtiram efeito, na avaliação do magistrado.

Em caso de novos “comportamentos antissociais”, a multa inicial será de R$ 2 mil. O valor subirá para R$ 5 mil se ocorrer ofensa física ou moral contra algum morador, visitante ou funcionário do condomínio. Caso haja eventual lesão, a cobrança será de R$ 25 mil, com possibilidade da tomada de outras eventuais providências processuais e apuração de crime de desobediência.

“Notificação de c* é rol*”

O Metrópoles teve acesso aos documentos apresentados na nova denúncia. Em um e-mail para o advogado do condomínio, Marx escreveu, em referência à síndica: “A PUT* da sua cliente me odeia e me persegue desde 2019”. Na mensagem, o servidor público também chamou a administradora de “piranh*” e disse ser vítima de acusações “falsas e injustas”.

Condomínio documentou, com fotos e vídeos, a presença de ovos quebrados e vidro em uma vaga para pessoas com deficiência, supostamente arremessados pelo servidor.

Em outra mensagem, Marx zomba de ter sido comunicado pelo fato de deixar o carro estacionado na garagem durante uma obra no local. O morador digitou: “Notificação de c* é rol*”.

Além dos e-mails, o condomínio documentou, com fotos e vídeos, a presença de ovos quebrados e vidro – ambos supostamente arremessados – no estacionamento externo do prédio, em uma vaga para pessoas com deficiência (PCDs).

O Metrópoles tentou contato com o Marx e com a defesa do servidor público, mas não teve resposta até a mais recente atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

FONTE: Metrópoles.

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