ALERTA – Falsos conselheiros tutelares tentam levar bebês de famílias em Goiás.

Segundo a polícia, três casos foram registrados, um em Jaraguá e outros dois em Posse. Delegados investigam se há ligação entre eles.

Por Yanca Cristina*

Falsos conselheiros tutelares tentaram levar uma criança da mãe em Jaraguá, na região central, e duas bebês de outras famílias em Posse, no nordeste do estado, segundo a Polícia Civil. A corporação alertou a população dos dois municípios sobre a atuação dos suspeitos, que estariam indo até as casas para averiguar falsas denúncias de maus-tratos. A polícia investiga se os casos possuem ligação.

De acordo com a polícia, um casal é suspeito de se identificar como parte do conselho tutelar para tentar retirar e levar as crianças de suas casas. As duas delegacias estão compartilhando informações para averiguar a atuação dos envolvidos. Ao g1, a delegada Luana Alves informou que eles ainda não foram identificados.

“A nossa prioridade é identificar quem seria esse casal para saber mesmo qual a motivação e poder especificar melhor qual seria o crime que eles estão cometendo”, pontuou.

Conforme informado pela polícia, os casos possuem similaridades. “Chamou a atenção porque é o mesmo modus operandi, que é um casal abordando mães que são mais jovens, ai a gente entrou em contato para ver se poderia ser [os mesmos suspeitos]. A cidade de Jaraguá é um pouco distante de Posse, mas a gente não descarta a possibilidade”, explicou a delegada.

Casos de Posse

Em Posse, as duas mães são menores de idade e as filhas bebês. Ao g1, a delegada mencionou que um dos casos da cidade foi registrado no dia 15 de abril e outro na terça-feira (29). “Nenhuma das mães autorizou levar as bebês, e falaram que iam chamar a polícia e eles saíram do local”, disse a investigadora.

Famílias denunciam que falsos conselheiros tentaram levar crianças em Posse e Jaraguá, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

“Eles não utilizam o uniforme, mas se identificam com o Conselho e afirmam que teriam uma documentação, que não chegam a apresentar para as vítimas”, destacou.

Em entrevista à TV Anhanguera, uma das adolescentes, de 16 anos, que não foi identificada, contou como foi abordada pelos suspeitos. “Bateu um cara aqui na porta da minha casa dizendo que recebeu uma denúncia que minha neném tava chorando já há dois dias, duas noites. Disse que era pra entregar ela”, relatou.

Quando a jovem se recusou a entregar a filha e disse que iria chamar o pai, que é policial, o casal foi embora. “Estamos tentando achar qual é a placa do carro. A gente só tem informação sobre o modelo e a cor. E, até então, não conseguimos identificar quem seria esse casal”, pontuou Luana.

A delegacia regional de Posse publicou um comunicado na quinta-feira (1ª) sobre as tentativas dos falsos conselheiros e alertou a população.

“A Polícia Civil orienta que a população de Posse para que não autorize a entrada dos indivíduos na residência e acione imediatamente o Conselho Tutelar e os órgãos de segurança pública, Polícia Civil e Polícia Militar, para que sejam adotadas as medidas cabíveis”, alertou o comunicado.

Caso de Jaraguá

O caso de Jaraguá, foi registrado na segunda-feira (28). Ao g1, o delegado responsável pela investigação, Glênio Alves, disse que o Conselho Tutelar da cidade recebeu uma ligação de uma mãe desesperada que informou que recebeu a visita de um casal, que vestia o uniforme do órgão.

“Apresentaram para essa mulher um documento, supostamente, da Justiça de Jaraguá, e pediram para ela entregar a sua criança de colo. Essa mulher desconfiou da atitude do casal. Inclusive, eles tentaram tomar à força essa criança. Houve luta corporal”, narrou.

Segundo o delegado, quando perceberam que não iam conseguir levar o menino, os suspeitos foram embora. Após o ocorrido, o Conselho Tutelar da cidade informou a polícia sobre o que aconteceu e relataram que o casal não fazia parte do quadro de funcionários.

O delegado pontuou que o caso está sendo investigado como tentativa de sequestro. “A mãe da criança esteve na delegacia, registrou a ocorrência e as diligências já iniciaram”, destacou.

Em entrevista à TV Anhanguera, Auriana Coutinho, uma parente da mãe, contou que um casal bateu no portão da residência. “Falando que tinha uma denúncia de maus-tratos a criança, disse que ela tava deixando a criança passar fome, deixando a criança sozinha. Ai ela falou que não deixava os filhos sozinhos, ligou para o Conselho e descobriu que não era [verdade]”, relatou.

FONTE: g1 Goiás

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