AGÊNCIA DE NOTÍCIAS – Governo Federal reconhece o crescimento acelerado de contaminados pelo Covid-19.

Brasil ultrapassa marca de 10 mil casos. País soma 432 mortes. SP lidera em óbitos e número de infectados.

Roberto Naborfazan**

O presidente Jair Bolsonaro tem mantido um discurso considerado “inadequado” em relação a Pandemia provocada pelo SARS-CoV-2 (vírus que causa a doença COVID-19 e que passou a ser denominado popularmente como Corona Vírus).

Recentemente ele chegou a chamar a Pandemia de “gripezinha”, e tem incentivado a livre circulação da população chamada de baixo risco, baseado no isolamento vertical, enquanto autoridades mundiais, cientistas e profissionais renomados na área da saúde de vários países recomendam, e até impõem, o isolamento social horizontal.

A equipe do Ministério da Saúde, no entanto, tem se mostrado prudente, tomando medidas urgentes e necessárias, o que vinha colocando o Brasil n’um patamar de crescimento do número de pessoas contaminadas dentro de um limite que pudesse se criar o básico para o atendimento para essa nova fase que se vislumbra, visto que a visão voltada para a economia, trabalhada nos bastidores pelas grandes corporações e entidades religiosas, em vários segmentos, tem estimulado a massa popular, que gera lucros para os grandes capitais, a ir para as ruas, ganhar seu salário e pagar suas contas no fim do mês, ao mesmo tempo que faz girar o capital dos grandes investidores.

O discurso de incentivo para que jornalistas, independente de qual área, sejam atacados por “espalhar o Pânico”, tenta camuflar como a pandemia se espalha em um país continente como o Brasil, e se torna perigoso, visto que sem uma imprensa livre, o caminho para a morte da democracia se abre, e logo o cidadão comum também começa a ser limitado em sua liberdade de expressão.

No Brasil, nas últimas 24 horas foram notificados 1.222 casos – aumento de 13% em relação à sexta-feira (3). O incremento do número neste dia é o maior desde o início da coleta de dados do ministério da Saúde. O mesmo ocorre no número de óbitos: um incremento de 72 mortes, 20% em relação ao total de ontem (359).

A Agência Brasil de Notícias, que divulga atos e ações do governo federal, sendo fonte para Rádios, jornais, sites e TVs do Brasil e do mundo, ou seja, a voz do governo federal, tem mostrado os mesmos números dos órgãos de imprensa apontados como “propagadores do caos”, porque não há como esconder algo que ataca e mata pessoas em todo o planeta.

O arrogante presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, está engolindo sua empáfia, depois de ver seu país se tornar o epicentro da pandemia. Está agora usando sua força e (pré)potência par confiscar EPIs e respiradores de outros países, inclusive do Brasil, e agora admite abertamente a gravidade da situação mundial.

O que se precisa entender é que não se pode blefar nessa situação, as medidas precisam ser tomadas com rigor e comprometimento, sem jogo de cena, sem falso populismo, sem corporativismo.

O ministério da Saúde divulgou, na tarde de hoje (04), os números atualizados da Pandemia no Brasil. De acordo com a pasta, o número de infectados, no momento, é de 10.278. O número de mortes é de 432. O estado de São Paulo lidera tanto em número de casos (4.466) quanto em mortes (260).

Região:                 Confirmados:          Óbitos:
Norte   –                       527                         16
Nordeste                  1.642                         59
Sudeste                    6.295                       329
Centro-Oeste             675                          12
Sul                             1.139                          17
TOTAL                   10.278                      432 (4,2% de mortalidade).

A incidência medida do novo coronavírus no Brasil é de 4,9 casos a cada grupo de 100 mil habitantes. A proporção varia conforme o estado, e é superior no Distrito Federal (14,9 casos), seguido por São Paulo (9,6), Ceará (7,9), Amazonas (7,4), Rio de Janeiro (7,2), Rio Grande do Norte (6), Roraima (5,9) e Acre (5,1).

No Brasil, nas últimas 24 horas foram notificados 1.222 casos – aumento de 13% em relação à sexta-feira (3). O incremento do número neste dia é o maior desde o início da coleta de dados do ministério da Saúde. O mesmo ocorre no número de óbitos: um incremento de 72 mortes, 20% em relação ao total de ontem (359). Com esses números o país ocupa o 16º lugar em casos da doença, o 14º lugar em óbitos e o 8º lugar em letalidade. Segundo o secretário executivo do ministério da Saúde, João Gabbardo, a dinâmica da doença no Brasil está “abaixo da curva de crescimento da Espanha, Itália e Estados Unidos, a partir do centésimo caso.” Em todo mundo já foram registrados mais de 1,18 milhão de casos e mais de 64 mil mortes.

Os óbitos afligem mais os homens (57,6%) do que as mulheres (42,4%), de acordo com total de mortes apuradas até ontem. Oito de cada dez óbitos ocorreram com pessoas com mais de 60 anos. A mesma proporção de pessoas que faleceram apresentava pelo menos um fator de risco de morte como cardiopatias, diabetes, problema nos pulmões e doenças neurológicas.

“Passaporte de imunidade”

Segundo Gabbardo, o ministério da Saúde pensa em formas de criar uma espécie de “passaporte da imunidade”, uma identificação para pessoas que contraíram o novo coronavírus, se recuperaram totalmente e já possuem anticorpos. Essas pessoas, segundo o secretário, não podem mais transmitir ou ser infectadas, e já adquiriram imunidade. Elas podem ser úteis no contato com grupos sensíveis, como idosos, e possivelmente são aptas a retomar certas atividades.

Cidades sem casos

O secretário afirmou, ainda, que fechar cidades ou municípios que não contabilizam nenhum caso do novo coronavírus pode ser “uma medida excessiva”. “Não significa que vai ficar assim para sempre. Podemos fechar, abrir, se julgar necessário. Acho que isso merece uma discussão. Pode ser que tenha sido antes da hora, e merece uma análise melhor”, afirmou. Gabbardo citou, entretanto, que o relaxamento da quarentena e do isolamento social deve acontecer apenas após a aquisição de material suficiente para lidar com uma larga escala da população. “Já estamos fortes, mas queremos ficar mais fortes ainda”, concluiu.

**Com reportagem da Agência Brasil de Notícias

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