Acidente ecológico: Lama envenenada invade Rio Mosquito

Fortes chuvas provocaram desmoronamento e abriram cratera de quase oito quilômetros na encosta da Serra Geral. Água contaminadas com agrotóxicos, oriunda das lavouras do município baiano de Luis Eduardo Magalhães, e com muita areia, invadiram o Rio Mosquito.

Roberto Naborfazan

As águas da principal fonte potável na divisa dos estados de Goiás, Tocantins e Bahia foram seriamente comprometidas, após forte chuva na região no dia 23 de janeiro.
O temporal causou a ruptura de uma encosta na Serra Geral, na altura do distrito de Pouso Alto, no município goiano de Campos Belos, a cerca de cinco quilômetros da nascente do Rio Mosquito, principal fonte de água potável que alimenta as comunidades de vários municípios goianos e tocantinenses.
As imagens de vídeo feitas pelo vereador de Campos Belos e morador em Pouso Alto, João Pedro, e enviadas à redação de O VETOR, mostram o leito do Rio Mosquito totalmente tomada pela lama barrenta e a enorme cratera com profundidade de mais de 30 metros de altura e quase oito quilômetros de distancia. (Veja o vídeo em www.facebook.com/jornal.ovetor.goias).
Segundo relatos no vídeo, a enxurrada desviou o curso normal do rio, prejudicando milhares de pessoas e, consequentemente, seus animais e lavouras. O Rio Mosquito nasce em Pouso Alto, passa por Combinado e Lavandeira (TO) e segue seu curso do até desaguar no Rio Palmas que se encontrar mais abaixo com o Rio Paranã. Especialistas que visitaram o local alertam para o perigo as população ribeirinha se alimentar com os peixes envenenados e se servirem da água contaminada, o que poderá causar doenças grave e até levar ao óbito.
Durante décadas a população de Campos Belos sonha com a chegada da água do Rio Mosquito às suas torneiras; Esse tipo de desastre pode tornar sonho o em pesadelo.
Moradores de toda a região envolvida, principalmente dos municípios goianos e tocantinenses, pedem solução urgente por parte das autoridades e também fiscalização rigorosa contra quem provoca danos a natureza, ainda mais, tão próximo da nascente de um Rio fundamental para a vida de milhares de pessoas. As lavouras na Serra Geral são constantemente bombardeadas com agrotóxicos, sem a menor fiscalização. E isso acontece há muitos e muitos anos. Segundo esses moradores, nessa região nunca apareceu um fiscal da Semarh, e os agentes do IBAMA, quando aparecem, é para pressionar pequenos produtores e lavradores comunitários. A distância da região da Serra Geral as capitais do estado e do Brasil (680 e 480 quilômetros, respectivamente), tem sido argumento para a ausência daquelas autoridades.
A reportagem de O VETOR fez contato telefônico com Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), em Goiânia, e com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em Brasília, mas não houve retorno até o fechamento da edição. O telefone para as comunidades atingidas reclamarem na Semarh é o 0800 646 2112.

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2 comentários em “Acidente ecológico: Lama envenenada invade Rio Mosquito

  • 15 de fevereiro de 2013 em 16:02
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    Será se os órgãos competentes já fizeram alguma coisa para recuperar o rio. Pelo amor de Deus tem muita gente utilizando essa água envenenada, e tem mais tem gente que nem sabe desse desastre.

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    • 27 de maio de 2013 em 12:05
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      obrigado por comentar, estamos na luta.

      Resposta

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