08 DE MARÇO – Evento marca o Dia Internacional da Mulher em Alto Paraíso de Goiás.

Musical, sorteio de brindes, lanches e palestra sobre os vários aspectos da violência contra a mulher mobilizou dezenas de mulheres, que se reuniram no Polo da UAB para participar da confraternização organizada pela Rede de Proteção Social do município.

Roberto Naborfazan**

A prefeitura de Alto Paraíso de Goiás, através da Secretaria de Ação Social e da Secretaria de Administração e Finanças, promoveu, no dia 08 de Março, uma bela confraternização em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

Dezenas de mulheres se mobilizaram para participar do evento que marca o Dia Internacional da Mulher

Uma grande mobilização aconteceu no auditório do Polo da UAB, e teve a participação de dezenas de mulheres da comunidade local, muitas delas integrantes de programas como o “Meninas de Luz” e o Grupo de Idosos.

Sob o comando da Secretária de Ação Social e 1ª dama do município, Maiuza Leite, o evento teve apresentação musical das crianças do Coral do Centro de Convivência da Criança e do Adolescente (CCCA), orientadas pelo instrutor musical Fabiano da Silva, mais uma vez muito aplaudidas.

O doutor Luiz Henrique de Paula, advogado da equipe móvel da Secretaria de Estado Cidadã, com a colaboração da assistente social Mônica, ministrou palestra abordando os vários aspectos da violência contra a mulher, ouvida com muita atenção pelas mulheres participantes.

Advogado da Secretaria de Estado Cidadã proferiu palestra sobre os vários aspectos da violência contra a mulher

O evento contou ainda com o sorteio de vários brindes doados por empresários da cidade, distribuição de lembrancinhas e também um saboroso lanche com salgados, sucos e frutas a vontade.

“Quero justificar a ausência do prefeito Martinho Mendes, que não pode comparecer devido a compromissos em Brasília e Goiânia, mas ele enviou mensagem de felicitações e apoio à todas vocês. Aproveito para agradecer a todos que colaboraram para que fizéssemos esse bonito evento em homenagem à nós, mulheres. Agradeço também ao secretário de administração e finanças, Leonardo Carvalho, que disponibilizou recursos para a compra do lanche, a coordenadora deste Polo, Marta Conceição da Silva, que sempre nos permite usar este espaço, a nossa equipe do CRAS, do CCCA e da Secretaria da Rede de Proteção Social, pessoas dedicadas, que decoraram com muito carinho este espaço, além de nos apoiar cotidianamente no melhor atendimento as famílias de nosso município. Agradeço também a presença das Agentes Carcerárias, mulheres destemidas que prestam serviço na Cadeia Municipal, a presença das secretárias da saúde e educação, Bruna Nascimento e Licia Mary, respectivamente, da chefe de gabinete, Andreia Lopes, e aos Policias Militares que vieram garantir a nossa segurança. Essa é uma data em que precisamos festejar, mas também refletirmos sobre nossos direitos, nos conscientizando de todas as formas de como combater toda e qualquer violência contra as mulheres.” Ressaltou a secretária Maiuza Leite.

Brindes distribuídos às mulheres presentes.

Por que 8 de março é o Dia Internacional da Mulher?

As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem dúvida, o incidente ocorrido em 25 de março daquele ano marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20, mas os eventos que levaram à criação da data são bem anteriores a este acontecimento.

Desde o final do século 19, organizações femininas oriundas de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os salários medíocres introduzidos pela Revolução Industrial levaram as mulheres a greves para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o período.

O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações.

Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra – em um protesto conhecido como “Pão e Paz” – que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.

Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o “8 de março” foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.

“O 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países”, explica a professora Maria Célia Orlato Selem, mestre em Estudos Feministas pela Universidade de Brasília e doutoranda em História Cultural pela Universidade de Campinas (Unicamp).

No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgiram em meio aos grupos anarquistas do início do século 20, que buscavam, assim como nos demais países, melhores condições de trabalho e qualidade de vida. A luta feminina ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 30, que conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas. A partir dos anos 1970 emergiram no país organizações que passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher. Em 1982, o feminismo passou a manter um diálogo importante com o Estado, com a criação do Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo, e em 1985, com o aparecimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher. (Paula Nadal – novaescola.org.br)

**PRODUÇÃO DE VÍDEO: Bernardo Silva

 

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