PARECIA SER UM HOMEM COMUM.
Fale Cononosco: robcury@hotmail.com – www.robertocury.blogspot.comConheci Jonas Leal quando ocupei importante cargo na Administração Pública goiana e a primeira impressão que dele tive foi de que se tratava de um homem comum, sem grande expressão, apesar de ser formado em Direito e exercer a profissão numa das Juntas de Julgamento de Infrações de Trânsito. Cheguei a pensar, num julgamento precipitado, desses que a gente faz só por enxergar a pessoa com olhos críticos “de que eu sou o tal e você vai muito mal”, imaginando-o esgotado de forças reais e legítimas e que se voltaria, exclusivamente, no interesse de querer “se dar bem”, ou “levar vantagem em tudo”, desde que não aparecesse como reles funcionário público que encosta o paletó na cadeira e “dá de pirandelo” depois de bater o ponto e que só viria revestir seu casaco no fim do expediente pelas cinco horas da tarde. Imaginava-o um dissimulado doutor das artimanhas que aparecia como Presidente da Junta, mas, que nada fazia a não ser se aproveitar das benesses do cargo ou dos infelizes infratores ou não que dele dependiam e ia ainda mais longe, acreditando que as propinas eram o seu insumo como um legítimo e nababesco barnabé. Sem jamais ter feito uma análise do homem, do cidadão, do ser humano, viajei pelos tortuosos caminhos do “se pensei que ele é mau, então ele é realmente mau, pois sou um expert que reconhece, de longe, os malandros e espertalhões”. Em nenhum momento parei para descobrir qualquer virtude ou qualidade, por mais simples que fosse, se é que ele tinha alguma, imaginava na época. Julgava-o um homem comum que não merecia qualquer análise mais percuciente. Era apenas mais um no mundo daquela unidade de direito público. Destituído de expressão, vulgar e que quando desencarnasse, dele não restaria nem lembrança de sua passagem terrena, talvez nem entre amigos e só estimado no seio familiar pela força natural da espécie, pois até os irracionais amam suas crias e por elas são amados.
Ledo engano meu. Na gíria comum, diria “quebrei minha cara”. Imaginei, pensei e urdi os piores pensamentos a respeito de Jonas Leal, até o dia em que ele me chamou a atenção sobre um despacho que lançara num processo após o julgamento da Junta presidida por ele. Ao tomar conhecimento do escrito no rosto do recurso apresentado pelo infrator, dirigiu-se ao meu gabinete, pediu audiência e tascou: – com todo o respeito senhor diretor, seu despacho é parcial e favorece esse infrator além de lançar em descrédito o julgado da 1ª Turma, coloca o órgão em posição de inferioridade.
– Caramba, pensei, o cara é petulante! Como ousa dizer uma coisa dessas? Ele deve estar ficando louco enfrentando um diretor. Mas, nos refolhos de minha alma, parei e refleti: – ele deve ter as razões dele para se desabalar do seu local de trabalho e vir até aqui discordar. E, ponderadamente, disse-lhe: – qual ou quais os fundamentos de sua acusação ao meu despacho? E, ele: – não senhor, não estou acusando-o e nem ao despacho, mas, apenas questionando que o julgamento da Junta fora escorreito e que não merece reparo, pois se tratou de grave infração de trânsito e que a punição lançando 7 pontos na carteira do infrator, só não foi maior porque o Código Nacional limita a infração gravíssima apenas a isso e à multa pecuniária.
Insisti: – meu caro, sua argumentação ainda é apenas filosófica. Seja objetivo: onde estou sendo incorreto no despacho absolutório?
Ele: – o cidadão dirigia embriagado e o senhor desconheceu, livrando-o, inclusive da multa.
– Mas, não existe, no processo, a contra prova, exclamei.
Ele: não houve necessidade da contra prova porque o cidadão, apesar de não aceitar se submeter ao bafômetro, confessou ter bebido duas cervejas e essa quantidade ultrapassa o mínimo do teor alcoólico que o ser humano absorve sem se embriagar. Ele estava embriagado.
Foi como um soco no estômago dos meus conceitos de justiça, pois não tinha atentado para a confissão. Meu orgulho, engulhou-se e me deixou arrebentado, pois sempre primara pela busca da verdade e ali fora pego de “calças curtas”. Ainda assim, não “dei meu braço a torcer” e, para encerrar a incômoda discussão, assenti: – está bem, vou reanalisar o processo e se você tiver razão nas suas afirmações, refarei o despacho.
Aquele dia acabou para mim, desde o instante em que realmente observara que não tinha lido o auto de infração onde estava, claramente, lavrada a confissão e que o infrator assinara sem qualquer contestação o termo. Jamais, em toda a minha carreira profissional do Direito, havia deixado de analisar profundamente e em todos os detalhes, qualquer peça ou processo com que me comprometera, por obrigação ou por necessidade. Comecei a urdir como fazer para corrigir o despacho mal lançado e como me justificar perante Jonas Leal para “não ficar tão mal na fita”. Era, ainda, o meu orgulho chacoalhando meus velhos conceitos de lisura e discernimento do que estabelecia o direito e do significado intangível da verdadeira justiça.
No mesmo instante em que Jonas deixou o gabinete, afundei minhas atenções, com redobrado cuidado, em cima de cada página e descobri que fora relaxado por não ter analisado os atos constituintes daquele processo com o zelo necessário, pois estavam bem claramente especificadas a confissão e a assinatura do infrator aposta ao final do termo. Isto era mais que suficiente para a condenação do mesmo nas penas pecuniárias e de perda de pontos na carteira de habilitação. O julgamento da Junta estava correto e nada ali merecia qualquer reparo, Seu Presidente estivera ali defendendo o órgão de trânsito, o que contrariava, indiscutivelmente, meu cismar de sua possível corrupção.
O episódio serviu, também, para que eu descobrisse, ali, um caráter inatacável nas suas qualidades de homem de bem, de justiça séria e de responsabilidade irretocável.
Reconhecido o meu erro, determinei a meu assessor que o trouxesse, novamente, ao gabinete.
Assim que ele chegou, me levantei imediatamente, apertei-lhe a mão e disse: – obrigado, por me alertar quanto ao meu erro de julgamento. Desculpo-me, com toda a humildade possível pela discordância inicial do resultado e me penitencio por ter sido descurado na análise do julgamento da nobre Junta. Realmente, o processo foi julgado corretamente e já refiz meu despacho conforme consta na última folha do processo.
Então, mostrei-lhe o novo despacho e pude ver-lhe o sorriso substituindo a apreensão que sua face estampara na volta à sala que, imagino, poderia ser de preocupação por achar que fora “duro” quando falara comigo anteriormente e que eu o convocara para puni-lo ou criticá-lo de alguma forma.
Depois desse episódio, busquei conhecer, um pouco mais, do servidor e da pessoa de Jonas e nos tornamos amigos com a descoberta de inúmeros pontos referenciais nos sentimentos, nas aspirações, no entendimento e no discernimento, principalmente de inúmeras questões filosóficas e espirituais.
Em várias outras ocasiões, então, confiei-lhe missões em que foram necessárias suas atitudes de honestidade e correção, principalmente nos eventos em que poderia haver conflitos de espúrios interesses de terceiros objetivando a obtenção de carteira de habilitação pelos meios ilegais da propina e da fraude.
Apesar de nunca estabelecermos qualquer conversa sobre preferências religiosas, certa feita, quando já não era mais diretor do Detran, numa palestra que ministrei, num sábado de manhã, no CEGAL (instituição espírita situada no setor oeste de Goiânia), deparei-me com Jonas e, ao final, diante da minha surpresa, num rápido bate papo soube que era espírita desde muitos anos. Ele então me confessou que sabia da minha preferência filosófica-espiritual, mas, nada me dissera por pura timidez e respeito, pois eu poderia pensar que ele queria obter vantagens.
Rimo-nos da descoberta e com alegria nos abraçamos, comprometendo-nos a novos encontros com a finalidade de compartilharmos de longos bate-papos sobre a Doutrina dos Espíritos. Estava, definitivamente, selada a amizade de dois caminheiros nesta jornada terrena.
Depois dessa feita, nos encontramos em várias casas espíritas e, também, em outros lugares onde ele exerceu seu trabalho profissional, inclusive como advogado no foro da Capital, mas, especialmente, numa troca, incessante de mensagens edificantes pela internet.
Hoje, sem medo de erro, posso afirmar que Jonas é velho companheiro de outras eras e que nosso reencontro tinha de acontecer para que qualquer laivo de desconfiança anteriormente sentido pudesse ser passado a limpo para nos melhorarmos mutuamente.
Deus, na Sua Sabedoria Infinita sempre nos proporciona nos reencontrarmos com cada um dos seres importantes na nossa trajetória encarnada.
Cultivemos, pois, as amizades que nos chegam ou que nos cercam no dia a dia, pois, muitas vezes, ali está ou estão velhos companheiros de outras eras e até um parente mais direto como um pai, um irmão, um filho.
Poema do amor profundo
Roberto Cury
Tivesse eu uma rosa
E te a ofertaria…Tivesse eu uma estrela
E tea daria…
Tivesse eu a esperança, E te esperaria…
Tivesse eu a doçura do mel, E te melaria…
Tivesse eu o sorriso, E te sorriria…
Tivesse eu a ternura, E te acalentaria…
Tivesse eu a bondade, E te bonificaria…
Como só tenho um coração,Como só tenho uma alma,
Neste dia tão feliz,Eu te dou, neste mundo de deus,
O meu amor mais profundo, Que é a minha vida
Que se prolongará, Por quantas vidas aqui tivermos
E pela eternidade infinita!
Kurati
Tudo na vida vibra! Vibrando-se na faixa positiva temos como resultante coisas boas, acontecimentos e conhecimentos também bons, situação que facilitae, até possibilita o contato com seres de outras esferas.Portanto, é importante que nos preparemos e, para isso, devemos selecionar o que ouvimos , o que lemos, o que comemos, o que bebemos e, também, escolhermos as pessoas com que nos relacionamos nessa faixa vibracional a conecção com seres de outras esferas acontecem e o colóquio(mental) e quiçá o contato físico pode acontecer.
As pessoasque atingem esse patamar terão, sem dúvida, dificuldade no contato com os humanos comuns. As energias não “se casam” e, assim o relacionamento se torna difícil e, às vezes, até impossível. Dessa forma festas mundanas, conversas fúteis, reclamações, críticas, fofocas e outras mediocridades se tornam barreirasque dificultam o contato com as pessoas que estão trilhando o processo de ascenção espiritual. Como se diz: “Elas estão em outra!” Sim, outra faixa vibracional, mais sutil, mais leve e que porisso possibilita contatocom as esferas superiores como espíritos de luz e entes de outras dimensões obviamente mais evoluído que nos e automaticamente nos afastam de espíritos ou seres inferiores e do mal.
Portanto, meus amigos, vigiem e orem!