FRIEZA E CRUELDADE – Mulher grávida é executada com tiro na boca em duplo homicídio em Formosa.
Vítima feminina, grávida de cinco meses, foi assassinada com tiro na boca; marido tentou fugir, mas foi perseguido e morto. Crime teria sido motivado por desacerto financeiro em parceria de construção de imóveis populares.
Roberto Naborfazan
A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Formosa – 11ª DRP, identificou o principal suspeito de ter executado um casal de forma brutal no Setor Jardim das Américas, na noite de 4 de novembro. Formosa é um município goiano localizado no entorno do Distrito Federal.
O crime chocou a cidade pela violência extrema e pela crueldade empregada contra a vítima feminina, que estava grávida de cinco meses.

Segundo as investigações, o autor é Hernane Paes de Melo, vizinho das vítimas e casado com a prima da vítima masculina. Ele morava exatamente em frente ao casal e mantinha uma relação próxima com eles, inclusive no campo profissional.
As apurações apontam que Hernane e a vítima masculina mantinham uma parceria comercial voltada à construção de casas populares. Um desacordo financeiro entre ambos teria sido o estopim para a tragédia, levando o autor a, segundo a Polícia Civil, agir com frieza calculada.
Mulher grávida implorou pela vida antes de ser executada
O que mais chocou os investigadores foi a crueldade empregada contra a vítima feminina.
Grávida de cinco meses, ela foi morta com um tiro na boca, à queima-roupa, dentro da própria casa. A forma como o disparo foi efetuado sugere que ela estivesse indefesa e possivelmente implorando por sua vida — e pela vida do bebê — no momento da execução.
O marido também foi surpreendido pelo atirador e atingido por um disparo no rosto. Mesmo ferido, conseguiu correr até a residência de um vizinho na tentativa desesperada de pedir ajuda.
O esforço, porém, foi em vão: o autor o perseguiu e finalizou o crime dentro da casa em que ele buscava abrigo.
Após cometer o duplo homicídio, Hernane fugiu em uma motocicleta, levando consigo a arma utilizada. A Justiça já decretou sua prisão preventiva, e ele é considerado foragido.
As equipes do GIH seguem em diligências para localizar o suspeito e esclarecer todos os detalhes da dinâmica da execução.

Imagem do foragido autorizada para ampla divulgação
A divulgação da imagem e qualificação do investigado foi autorizada nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021–PC, conforme despacho da autoridade policial responsável. A medida busca ampliar as chances de localização do suspeito, incentivando o surgimento de novas testemunhas e informações que auxiliem em sua captura.


