MULHERES EM IDADE FÉRTIL – SUS oferecerá implante contraceptivo a partir do segundo semestre.
Implanon está na rede particular por preços que variam de R$ 2 mil a R$ 4 mil; governo vai distribuir 1,8 milhão de dispositivos. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a previsão é que o método esteja disponível no SUS a partir do segundo semestre deste ano.
Por Karolini Bandeira *
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) aprovou na quarta-feira a inclusão do implante contraceptivo subdérmico, o Implanon, na rede pública. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a previsão é que o método esteja disponível no SUS a partir do segundo semestre deste ano.
O contraceptivo será destinado a mulheres em idade fértil, ou seja, até 49 anos. Hoje, o SUS conta com o Implanon para mulheres com HIV/AIDS, privadas de liberdade, trabalhadoras do sexo e em tratamento de tuberculose em uso de aminoglicosídeos, uma classe de antibióticos.
— Agora vamos orientar as equipes, fazer a compra e orientar as Unidades Básicas para já no segundo semestre deste ano começar a utilizar no SUS — afirmou Padilha.

O ministério estima distribuir, até 2026, 1,8 milhão de dispositivos, sendo 500 mil ainda neste ano, em um investimento de R$ 245 milhões. Na rede particular, o Implanon custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
A incorporação será oficializada em portaria publicada pelo Ministério da Saúde nos próximos dias. Após isso, a pasta terá 180 dias para efetivar a oferta, o que envolve etapas como a atualização de diretrizes clínicas, aquisição e distribuição do contraceptivo e capacitação dos profissionais.
O implante é um pequeno bastão de plástico, com 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro, inserido sob a pele do braço. Ele contém 68 mg de etonogestrel, liberado continuamente na corrente sanguínea. A substância impede a liberação do óvulo e altera a secreção do colo do útero, dificultando a entrada dos espermatozoides
FONTE: OGLOBO – Brasíli