INTOLERÂNCIA RELIGIOSA – Dupla acusada de tentativa de homicídio é presa pela Polícia Civil.
Eles zombavam da crença religiosa da vítima, até que a agrediram com um facão e outros meios brutais como socos, chutes e pauladas. Se condenados, podem pegar até vinte anos de prisão.
Roberto Naborfazan
Agentes da 11ª Delegacia Regional de Polícia Civil do estado de Goiás, em conjunto com o 11° Núcleo de Inteligência de Formosa – GO, efetuaram na manhã de quarta-feira, 22, a prisão preventiva de dois indivíduos acusados de uma violenta agressão. Os suspeitos, segundo relatos, atacaram uma pessoa com um facão e outros meios brutais no Parque Vila Verde, em Formosa, por volta das 02h da manhã do dia 09 de janeiro deste ano.
A vítima, um homem de 35 anos, foi surpreendida enquanto caminhava, quando recebeu inicialmente um golpe de facão. Apesar de tentar fugir, foi alcançada e derrubada pelos agressores que prosseguiram com socos, chutes e pauladas. Após as agressões, seus pertences foram roubados.
O ataque possivelmente teria sido motivado por intolerância religiosa, conforme relato da vítima, que é adepta da Umbanda, visto que os agressores frequentemente zombavam de sua crença religiosa.
Apesar de confessarem a agressão na Delegacia, os suspeitos alegaram não lembrar dos detalhes ou da motivação do crime, atribuindo o lapso de memória ao uso de drogas.
“Este é um caso perturbador que destaca a necessidade de vigilância contínua contra a intolerância em todas as suas formas”, declarou o Delegado José Antônio Machado Sena, Titular da 11ª Delegacia Regional de Formosa. Assista abaixo ao vídeo com a fala do Delegado.
“A agressão motivada por preconceitos religiosos é particularmente repugnante e não será tolerada. A Polícia Civil está comprometida em garantir que todos os cidadãos possam seguir suas crenças sem medo de violência. Essas prisões são um lembrete claro de que atos de ódio têm consequências sérias e que estamos aqui para proteger e servir a comunidade de Formosa.”
Os agressores estão presos, à disposição da justiça e enfrentam a possibilidade de uma condenação de até 20 anos de reclusão.
