AUDIÊNCIA PÚBLICA – Câmara discute ampliação de cuidados no SUS para quem tem risco de cegueira por diabetes.

O Brasil ocupa o sexto lugar em prevalência de diabetes, e o edema macular diabético é apontado como a principal causa de perda de visão em pacientes com diabetes mau controlado por um longo período de tempo.

DA REDAÇÃO**

Na próxima quinta-feira (11), a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados realizará uma audiência pública para discutir os desafios enfrentados por pessoas que convivem com o diabetes e tem complicações de edema macular diabético no Sistema Único de Saúde (SUS). O debate está agendado para as 9 horas, no plenário 7.

O deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), responsável por solicitar a audiência, destaca a gravidade da retinopatia diabética, uma complicação do diabetes e principal causa de cegueira, especialmente quando afeta a mácula, resultando no edema macular diabético.

O edema macular é um inchaço na parte central do olho, que pode acontecer quando há um acúmulo de líquido nessa área, deixando a visão embaçada ou distorcida. Isso pode ocorrer em pessoas com diabetes mau controlado. O tratamento pode envolver o uso de medicamentos ou outros procedimentos, dependendo da causa e da gravidade do edema macular diabético.

Um estudo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, realizado em 2019, aponta que a retinopatia diabética contribui para mais de 4% dos casos de cegueira ocular, totalizando aproximadamente 1,8 milhão de pessoas afetadas.

Estimativas para 2045 indicam que 23% da população adulta brasileira entre 20 e 79 anos terá diabetes, e cerca de 30% desses pacientes podem apresentar retinopatia diabética já no momento do diagnóstico do diabetes tipo 2.

O Brasil ocupa o sexto lugar em prevalência de diabetes, e o edema macular diabético é apontado como a principal causa de perda de visão em pacientes com diabetes mau controlado por um longo período de tempo. Estimativas para 2045 indicam que 23% da população adulta brasileira entre 20 e 79 anos terá diabetes, e cerca de 30% desses pacientes podem apresentar retinopatia diabética já no momento do diagnóstico do diabetes tipo 2.

No entanto, a assistência aos pacientes com edema macular diabético no SUS enfrenta desafios significativos, como a demora no acesso a serviços especializados. O deputado Calil ressalta a necessidade de disponibilizar tratamentos terapêuticos adequados, que possam aliviar o fardo tanto para os pacientes quanto para o sistema de saúde.

Nesse sentido, a discussão sobre a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) em Retinopatia Diabética se mostra urgente, a fim de incluir novas tecnologias e tratamentos. O objetivo é garantir uma assistência mais eficiente e acessível a essa parcela da população.

Representantes da Coalizão Vozes do Advocacy, Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Retina Brasil e Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) já estão com a presença confirmada na comissão.

***FONTE: Agência Câmara de Notícias

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