CÂNCER DE MAMA – Nem sempre é possível reconstruir a mama no momento da mastectomia.

A mastectomia, que consiste na remoção total da mama, tem sido uma abordagem padrão no tratamento do câncer de mama por muitos anos. Cirurgião plástico responde à principais dúvidas que recebe em seu consultório.

DA REDAÇÃO**

O câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres (depois do de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025, segundo informações publicadas na Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil.

No entanto, o diagnóstico precoce aumenta significativamente as taxas de cura. Os exames regulares, como autoexame de mama (palpação), mamografia e ultrassonografia de mama, aliados ao conhecimento dos fatores de risco, são fundamentais na prevenção da doença.

A mastectomia, que consiste na remoção total da mama, tem sido uma abordagem padrão no tratamento do câncer de mama por muitos anos. “Tradicionalmente, era vista como a única forma de remover completamente o câncer e evitar a sua disseminação. Contudo, a técnica, embora eficaz, deixa cicatrizes visíveis e impactava significativamente a autoestima das pacientes”, comenta o cirurgião plástico Fernando Amato.

O especialista, que é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica que, em alguns casos, é possível colocar o implante de silicone no momento da mastectomia, porém, é preciso analisar o tratamento oncológico proposto, já que nem sempre a reconstrução da mama com prótese de silicone pode ser realizada de imediato, principalmente, nos casos em que se retira muita pele ou mesmo precedem um tratamento complementar com radioterapia.

Segundo o cirurgião plástico, a tendência é que o tratamento cirúrgico do câncer de mama seja cada vez ser menos invasivo.

“Dependendo do estadiamento da doença (determinado pelo tamanho da lesão, localização, comprometimento de linfonodos e presença de metástase), a mastectomia (retirada da mama) pode ser indicada e é nesse momento que a reconstrução mamária pode fazer a diferença para o resgate da autoestima e confiança feminina, contribuindo até mesmo para o fortalecimento da batalha contra a doença”, explica Amato.

Segundo o cirurgião plástico, a tendência é que o tratamento cirúrgico do câncer de mama seja cada vez ser menos invasivo. “Serão ressecções menores, preservando mais tecido mamário, o que possibilita reconstruções com resultados mais próximos de cirurgias estéticas”, detalha o especialista.

Abaixo, o cirurgião plástico responde algumas das perguntas mais feitas por pacientes em seu consultório:

– Próteses de silicone aumentam o risco de desenvolver câncer de mama?

Não há evidências científicas que comprovem uma relação direta entre implantes de silicone e o desenvolvimento de câncer de mama. Portanto, não é necessário entrar em pânico ou evitar a colocação de próteses mamárias por medo do câncer. Além disso, o uso de implantes de silicone não impede a realização da mamografia, um dos principais exames de rastreamento para o câncer de mama. Existem técnicas específicas para realizar a mamografia em mulheres com próteses, e é importante informar ao médico sobre a presença das próteses antes do exame.

– Quem tem câncer de mama pode reconstruir as mamas na mesma cirurgia de tratamento?

Sim, o médico e o paciente devem discutir a possibilidade de realizar a reconstrução das mamas na mesma cirurgia de tratamento do câncer. Diversos fatores, como o estágio do câncer, a preferência da paciente e a avaliação do cirurgião, devem ser levados em consideração ao fazer essa escolha. A reconstrução mamária pode ajudar a restaurar a autoestima e a qualidade de vida das mulheres que passaram por tratamento para o câncer de mama.

– Convénios cobrem cirurgias de reconstrução de mama?

Sim, a Lei nº 10.223, de 15/05/2001, alterou a Lei nº 9.656/98, estabelecendo a obrigatoriedade da cobertura de cirurgia plástica reparadora de mama por planos e seguros privados de assistência à saúde nos casos de mutilação decorrente de tratamento de câncer.

Os convênios médicos devem fornecer cobertura para a cirurgia de reconstrução mamária nos casos em que essa intervenção seja indicada como parte do tratamento do câncer de mama.

***FONTE: iG Delas

Quer receber todas as nossas publicações com exclusividade? Faça parte do nosso grupo de leitores no WhattsApp. Acesse https://chat.whatsapp.com/IfZL4dQkjrS6m9NXLNmty2

Share

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *