BRAVURA – Policiais Militares atravessam mata fechada e prendem assassinos em São João d’Aliança.
Dois criminosos de altíssima periculosidade, com várias passagens pela Polícia, foram presos neste domingo, 23, depois de matarem um homem a pauladas e facadas após uma discussão sobre um possível dano causado no celular de um dos autores pela vítima.
Roberto Naborfazan
A Polícia Militar de Goiás, Através do 2° Pelotão de São João D’Aliança (11°CRPM/14ªCIPM/São João D’Aliança/Alto Paraíso de Goiás) prendeu no domingo, 23/04, dois acusados de matarem um homem a pauladas e facadas na zona rural de São João d’Aliança, no nordeste goiano.
Os criminosos cometeram a ação delituosa após uma discussão sobre um possível dano causado no celular de um dos autores pela vítima.
Acionada pelo Coordenador do Policiamento da Unidade (CPU), 1º Sargento Douglas, a guarnição Militar composta pelo Sargento Wilton e pelo Soldado Piertson Alves Ponte foi informada pelo senhor P. D. da S. (que estava em Brasília D.F) que haviam encontrado um corpo de homem na fazenda Canguçu, e pediram para que ele avisasse a Polícia.
A fazenda fica a cerca de 30 km da sede do município, com difícil acesso, estrada de chão, em serra, cheia de curvas sinuosas, terreno pedregoso e com vários despenhadeiros e abismos, além da falta de acesso a internet com dados móveis ou Wi-Fi, e não haver, no local, câmeras de vigilância ou transeuntes que pudessem colaborar com a diligência para a captura dos autores.
Vale destacar o trabalho dos agentes da Gloriosa Polícia Militar de Goiás, que, mesmo enfrentando dificuldades na acessibilidade do local, a guarnição se deslocou com brevidade e rapidez, no afã de não permitir a fuga dos criminosos.
Os Militares se dirigiram até a fazenda Canguçu, onde teria acontecido o crime. Nesse local, o senhor L. dos S. (vulgo B.) informou aos Militares que levantou cedo para ir na pastagem buscar os animais para tirar leite, quando viu um corpo no meio do mato. Com isso, retornou até a fazenda e comunicou o fato para o proprietário da fazenda, que entrou em contato com o senhor P. em Brasília-DF, pedindo que ele acionasse a Polícia.
Ainda segundo o senhor B., o possível autor seria o J. C., tendo em vista que em dias anteriores teria ocorrido uma confusão entre eles por causa de um Celular, porque a vítima teria deixado um celular cair na água, sendo ameaçado de morte por J. C. caso ele não pagasse o celular.
Após colher as informações os Militares foram até onde teria ocorrido o crime, lá encontrando o corpo de um homem, identificado como Ranufu, apelidado de Anu, com sinais de luta, espancamentos e 03 perfurações no pescoço.
LEIA TAMBÉM: JUSTIÇA ITINERANTE – Goiás Social entrega benefícios em Cavalcante.
Com a identificação do possível autor, a equipe se deslocou até a fazenda onde o Ranufu costumava ingerir bebida alcoólica com o J. C. F. do C. e com A. S. dos S.
Ao chegarem a fazenda, os Policiais Militares notaram não haver ninguém na residência, então se embrenharam a pés na mata fechada, atravessando córregos e riachos, no intuito de não alertar os indivíduos considerados de altíssima periculosidade, com várias passagens pela polícia, e que cometeram o assassinato por motivo fútil e torpe, sem direito de defesa da vítima, com requintes de crueldade.
Após aproximadamente 1 km de caminhada na mata, o Sargento Wilton e o Soldado Piertson Alves Ponte localizaram os dois criminosos, percebendo haver manchas de sangue na camisa de J. C. e mancha de sangue na testa e uma perfuração nas costas de A. S. dos S.
Com indícios do flagrante do crime a guarnição deu Voz de prisão aos possíveis autores.
Os Homicídas foram apresentados na Central de Flagrantes de Formosa, onde confessaram a autoria do homicídio perante a Autoridade Policial, que ratificou o Flagrante.
Os policiais militares fizeram o isolamento do local do crime, solicitaram apoio e fizeram contato com a delegacia de Polícia Civil de Alto Paraíso de Goiás, que acionou o IML de Formosa-GO.
Moradores da região, que por medo de represálias não quiseram ser identificados, elogiaram e agradeceram o trabalho dos Policiais Militares envolvidos, visto que os elementos presos eram temidos por terem a violência como rotina em suas trajetórias.
***permitida a reprodução no todo ou em parte dessa reportagem, deste que citado a Fonte – www.ovetor.com.br.