ABUSO SEXUAL – Homem preso por estuprar enteada que o denunciou em carta é investigado por abuso contra a filha, diz delegado,

Inquérito de 2019 voltou a andar depois que a investigação da enteada trouxe novos elementos para a polícia. Na época, a filha tinha 14 anos e ele pedia para ela não contar o abuso.

Por Rafael Oliveira**

O homem preso por estuprar uma enteada que o denunciou em carta enviada ao Conselho Tutelar, em Acreúna, voltou a ser investigado por abusos sexuais contra a própria filha, que tinha 14 anos na época.

O inquérito de 2019 voltou a andar nesta semana depois que a investigação da enteada trouxe novos elementos para a polícia. A investigação também aguardava o laudo psicológico da adolescente, que ainda não foi anexado ao processo.

Para concluir esse caso, o delegado Elexandre Rossignolo está ouvindo novamente familiares da vítima, que hoje tem 17 anos.

“Ele negou o fato em 2019 e disse que era mentira da filha. Outros depoimentos reforçaram essa tese e acabou parando. Mas estou ouvindo familiares que estão trazendo novas informações para a investigação”, esclareceu o delegado.

Os abusos contra a filha ocorreram em 2016 e 2017. A menina comentou o crime com uma amiga de colégio, que contou para a professora.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados para preservar a identidade da vítima, que é adolescente. Por isso, o g1 não localizou a defesa para se pronunciar sobre a prisão até a última atualização dessa reportagem.

Na época do crime, a adolescente saiu da casa da mãe e foi morar com o pai. O delegado conta que ele começou a passar a mão no corpo da menina e em seguida começaram os estupros.

“Também tem semelhanças nos casos, como as idades em que a enteada e a filha foram estupradas e a forma de abordagem. Ele inventava uma história que iria morrer se ela não fizesse sexo com ele e pedia para não contar porque ele seria preso. Ele fazia terror psicológico”, detalhou Elexandre.

Os abusos contra a filha ocorreram em 2016 e 2017. A menina comentou o crime com uma amiga de colégio, que contou para a professora. O caso então chegou à Polícia Civil.

A adolescente de 15 anos enviou uma carta para o Conselho Tutelar para denunciar que era estuprada pelo padrasto. A Polícia Civil recebeu a denúncia, investigou os abusos e prendeu, na segunda-feira (20), o padrasto, de 46 anos, e a mãe dela, de 45 anos, por não denunciar os crimes.

Para a Polícia Civil, a mulher disse que deixou de denunciar porque era ameaçada de morte pelo companheiro. Durante o depoimento, o padrasto ficou em silêncio.

“A mãe, nessa situação, é conivente, mas ao mesmo tempo é vítima. Ela não deixa de ter responsabilidade e deveria ter feito a denúncia. Ela teve oportunidade de procurar a polícia e não fez”, explicou o delegado Elexandre Rossignolo.

A adolescente enviou a carta para o Conselho Tutelar em setembro de 2022. Ela contou que era estuprada há dois anos e com o consentimento da própria mãe.

Como parte da investigação, a Polícia Civil pediu exame de corpo de delito e ouviu depoimentos de familiares. O exame comprovou que a adolescente era estuprada.

Com a prisão dos dois, a irmã mais velha da adolescente, hoje com 23 anos, declarou que também era abusada pelo padrasto desde os 12 anos de idade.

*** FONTE: g1 Goiás

Share

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *