EM CONFRONTO – Marido de babá que foi investigado por estupro de bebê é morto em ação da polícia.

Segundo o Batalhão Maria da Penha, a troca de tiros aconteceu após a mãe da bebê que foi abusada denunciar que estava sendo ameaçada pelo homem. Corporação informou que ele morreu no local.

Por Gabriela Macêdo e Maiara Dal Bosco**

O marido de uma babá que estava sendo investigado por estuprar uma bebê de 1 ano e 8 meses, em Goiânia, foi morto em confronto com a polícia, segundo à Polícia Militar. A major Marinéia Bittencourt, comandante do Batalhão Maria da Penha, explicou que a troca de tiros aconteceu após a mãe da bebê que foi abusada denunciar que estava sendo ameaçada pelo homem.

“Na hora do almoço, ela ligou em prantos para a viatura dizendo que ele estava descumprindo a medida protetiva, passando na rua da casa dela de moto e mandando mensagens ameaçadoras, ameaçando ela de morte”, explicou a comandante.

Segundo a comandante do batalhão, ao fazer a denúncia, a mãe da bebê, que tinha para si e para a filha, uma medida protetiva contra o suspeito, apontou uma possível localização em que o homem poderia estar.

Investigado por estuprar uma bebê de 1 ano e 8 meses, suspeito morreu em troca de tiros com a polícia.

“Ela passou o provável endereço que ele estaria, a equipe já chamou outra viatura para apoio e quando as equipes chegaram no local em que ele estava, houve confronto, uma troca de tiros, e ele acabou morrendo”, disse Marineia.

Segundo o batalhão, o Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o suspeito não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Investigação

O crime contra a bebê teria acontecido no dia 30 de dezembro, em Goiânia, após a babá, esposa do homem que morreu em confronto com a polícia, levar a menina para a casa dela sem autorização, de acordo com relato da mãe. O casal foi preso no dia seguinte, mas a Polícia Civil concluiu a investigação no dia 5 de janeiro e os suspeitos não foram indiciados inicialmente, segundo a delegada Caroline Borges, por falta de provas.

No dia do ocorrido, após perceber ferimentos na criança, a mãe disse que levou a bebê a uma unidade de saúde, onde ela diz que os médicos confirmaram que as lesões tinham característica de abuso sexual e orientaram que ela fosse ao Instituto Médico Legal (IML). No documento, de um hospital particular, obtido pelo g1, um médico relata que a criança possuía lesões e que estava “extremamente irritada ao ser examinada”.

Após a orientação dada pela primeira equipe médica, a criança foi levada pela mãe ao IML. O g1 também teve acesso ao laudo do instituto, que apontou a “presença de lesão compatível com ato libidinoso”.

Apesar dos laudos, no último domingo (8), a delegada Caroline Borges explicou que um dos exames realizados na bebê não encontrou esperma no corpo dela e, pela falta de provas, os suspeitos não foram indiciados inicialmente. No entanto, a investigadora afirmou que um exame de DNA ainda não havia ficado pronto e que isso poderia mudar a situação. Após a conclusão por parte da PC, o inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário, que definiu o caso como segredo de Justiça.

Denúncia da mãe

A mãe da bebê contou que a babá levou a menina para a casa dela sem autorização e, quando foi buscar a filha, no dia 30 de dezembro, a menina a agarrou fortemente, como se estivesse com medo.

“Quando eu peguei minha filha, vi que ela estava com um machucado na testa e ela me abraçou como se tivesse pedindo ajuda. A babá falou que a marca era picada de pernilongo. Cheguei em casa e fui trocar a fralda, ela fechou as perninhas e começou a chorar. Quando eu abri, vi que estava muito vermelho, muito machucado”, contou a mãe.

Ao perceber os ferimentos, a mãe levou a filha a uma unidade de saúde. Os médicos confirmaram que as lesões tinham característica de abuso sexual e orientaram que ela fosse ao IML, onde o laudo apontou que “não houve conjunção carnal”, mas afirma a “presença de lesão de origem traumática compatível com ato libidinoso”.

Após a morte do suspeito, a mãe da bebê, K. V. J., diz que a sensação agora é de alívio. “Os últimos dois meses foram os piores da minha vida. Crime, trauma, injustiça. Queria que a justiça fosse cumprida e, desde o primeiro momento, nunca deixei de lutar. Agora vou cuidar da minha filha, do meu psicológico e do dela”, afirmou a mãe.

*** Do g1 Goiás e O Popular

Quer receber todas as nossas publicações com exclusividade? Faça parte do nosso grupo de leitores no WhattsApp. Acesse https://chat.whatsapp.com/IfZL4dQkjrS6m9NXLNmty2

Share

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *