EXPLORAÇÃO SEXUAL – Dona de prostíbulo é presa após agredir garota de programa em São João d’Aliança.
Crime aconteceu na cidade de São João d’Aliança, região nordeste de Goiás. Acusada pode responder criminalmente por lesão gravíssima, por deformidade permanente e rufianismo qualificado pela violência, crime que consiste em tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros.
Roberto Naborazan**
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Polícia de Alto Paraíso, efetuou, na quarta-feira, 11 de agosto, a prisão em flagrante de uma suspeita pelos crimes de lesão gravíssima, por deformidade permanente, praticados contra uma garota de programa de 33 anos; e rufianismo qualificado pela violência. O crime aconteceu na cidade de São João d’Aliança, no nordeste goiano.
A suspeita, que não teve seu nome revelado, é proprietária de um bar, que é usado para programas sexuais, por cerca de dez garotas. Vídeo que circula em redes sociais mostra o momento da prisão.
De acordo com as investigações, a mulher, de 44 anos, tirava proveito da prostituição alheia, cobrando cerca de 50% dos programas realizados pelas garotas. Além disso, a proprietária coagia as garotas para que realizassem o programa a baixo custo.
Segundo a delegada Bárbara Buttini, que investiga o caso, a dona do bar era uma espécie de “cafetina” e cobrava de clientes R$ 100 por programa. Ela ficava com R$ 50 e repassava a outra metade para as garotas que trabalhavam no local.
Na última quarta-feira, uma das garotas que realizavam programas no local foi agredida pela suspeita com duas garrafas de vidro. As agressões ocorreram no rosto da vítima, que teve que levar vários pontos na face. Vitima e testemunha relataram que a suspeita, reiteradamente, ameaçava e agredia as garotas.
“Os clientes pagavam para a suspeita pelos programas realizados pelas garotas, que ao final da noite pegavam sua ‘parte’. A vítima foi pedir o valor integral pago pelo cliente para a suspeita, a qual se recusou a dar”, relatou a delegada.
A dona do bar confessou à polícia que as garotas faziam programas no local. Porém, alegou em depoimento que machucou a mulher ao tentar se defender durante a briga, segundo a delegada.
“O que não é compatível com os fatos porque a suspeita não tem lesões. Além disso, a vítima também apresentava ferimentos de defesa, que são as lesões no antebraço, que as pessoas usam para se defender”, explicou Bárbara Buttini.
Conforme relatado pela vitima e por testemunhas, mesmo após as lesões, a suspeita não deixou a vítima sair do local. Mas ela conseguiu fugir no momento em que a dona do bar começou a colocar fogo nas suas roupas.
Nos fundos do estabelecimento, foram encontrados quartos para a realização dos programas. A delegada informou que dez mulheres confirmaram que trabalhavam como prostitutas para a suspeita. Vítima e testemunhas relataram que a mulher, reiteradamente, ameaçava e agredia as garotas.
Diante dos fatos, foi efetuada a prisão em flagrante da mulher pela Polícia Civil. Há denúncias de que a suspeita também praticava o crime de rufianismo com menores de idade. Realizadas as comunicações de praxe, a presa foi recolhida à unidade prisional e encontra-se à disposição do Poder Judiciário.
***Com informações da Polícia Civil do Estado de Goiás.