SEM LOCKDOWN – Secretaria de Estado da Saúde emite nota técnica com avaliações por regiões em situações de alerta, crítica e calamidade.

Diante do aumento de casos e óbitos confirmados pela doença no território goiano, documento busca orientar critérios para funcionamento e ocupação de setores como Bares, Igrejas, Centros Comerciais, Etc. São Fakes as mensagens que circulam informando Lockdown em Goiás.

Roberto Naborfazan**

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) emitiu na noite de terça-feira (16/02) uma nota técnica com recomendações sanitárias para conter o avanço da Covid-19 em Goiás. O documento aponta uma série de medidas necessárias em função do “aumento sustentado do número de casos e de óbitos confirmados”, bem como do quantitativo de solicitações de internações e da taxa de ocupação de leitos hospitalares no Estado.

Com a nota técnica, a SES pretende que os municípios “trabalhem de maneira pactuada e articulada na formulação de decretos e protocolos”.

Nesta quarta-feira (17/02), o governador Ronaldo Caiado participou de videoconferência com prefeitos de todas as regiões do Estado para debater a situação de agravamento da pandemia da Covid-19 em Goiás.

Estratificação

A segunda onda de Covid-19 está mais forte que a primeira em Goiás e seis regiões do estado estão em situação de calamidade, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (17) pela Secretaria de Estado de Saúde. Mapa aponta a atual situação das 18 regiões.

Para guiar as ações voltadas para gestão de serviços e controle de contágio, será considerada uma divisão de 18 regiões no Estado. Semanalmente, a avaliação da SES-GO vai estratificar os locais conforme três estágios de situação: alerta, crítica e calamidade. Quando classificada em situação de alerta, é permitido à região o funcionamento de todas as atividades, exceto eventos com mais de 150 pessoas.

A estratificação em situação crítica requer redução na capacidade de atendimento em atividades de alto risco de contaminação como bares e instituições religiosas, ambos passam a ter permissão para ocupar 30% da capacidade. Já atividades de baixo risco, como salões de beleza, barbearias, shoppings e centros comerciais ficam com o limite de 50% de utilização. Eventos, transporte coletivo e outros setores terão restrições específicas.

Já para os casos de calamidade, o entendimento das autoridades em saúde é que haja a interrupção de todas as atividades, exceto supermercados e congêneres, farmácias, postos de combustível e serviços de urgência e emergência em saúde. A nota técnica define ainda que, caso seja observado piora nos indicadores, cada região manterá as medidas restritivas respectivas a cada situação por pelo menos 14 dias.

Recomendações

A nota técnica mantém a proibição de comércio e consumo de bebida alcoólica entre 22h e 6h em todo o Estado e recomenda que lojas de conveniência e distribuidoras de bebidas encerrem suas atividades durante este horário.

As recomendações gerais da Nota Técnica 01/2021 SES-GO reforçam orientações preconizadas desde o início da pandemia sobre o uso da máscara “independente do local a ser frequentado”, a higienização das mãos com álcool 70% e a manutenção do distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas.

As instituições religiosas que estiverem autorizadas a funcionar devem limitar e programar a entrada de pessoas a fim de garantir uma ocupação limitada entre 50% (situação de alerta) e 30% (situação crítica) de sua capacidade, obedecendo a classificação da situação da pandemia.

Os bares e restaurantes, quando for permitido atendimento a clientes de forma presencial, devem manter a lotação máxima de 50% (situação alerta) e 30% (situação crítica) de sua capacidade de acomodação. A nota técnica mantém a proibição de comércio e consumo de bebida alcoólica entre 22h e 6h em todo o Estado e recomenda que lojas de conveniência e distribuidoras de bebidas encerrem suas atividades durante este horário. Após as 22h, os serviços de alimentação devem funcionar apenas com entregas.

Já academias e quadras esportivas podem abrir com limite de 50% da capacidade, porém devem observar as medidas de prevenção e controle da Covid-19. Às funerárias, a recomendação é manter a proibição de velórios quando há suspeita ou confirmação da doença. Nos casos de pessoas que faleceram por outras causas, o velório pode ocorrer com, no máximo, dez pessoas simultâneas para não haver aglomerações.

Salões de beleza e barbearias podem atender com hora marcada e dentro do limite de 50% de sua capacidade. Os eventos só podem ser realizados até o limite de 150 pessoas, respeitando a recomendação de ocupação de 50% da capacidade do espaço. Empresas e escritórios devem, quando for possível, adotar o regime de trabalho remoto, escalas, revezamento e alteração de jornadas de trabalho para reduzir fluxo, contato e aglomerações de trabalhadores.

Outro ponto tratado na nota técnica é o transporte coletivo. A recomendação é não exceder a capacidade de passageiros sentados. O escalonamento de horários de expediente também está previsto para minimizar o quantitativo de usuários nos horários de pico.  O funcionamento das escolas permanece sob deliberação do Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública de Goiás.

Criminosos espalham Fake News em Redes Sociais sobre Lockdown em Goiás

Fake news sobre lockdown.

Circulam pelas redes sociais mensagens com fotos e vídeos com o governador anunciando Lockdown no estado de Goiás. Os criminosos usam vídeos feitos no ano passado pelo governador, quando Ronaldo Caiado se opôs ao governo federal e decretou fechamento mais rígido de vários setores.

A Nota Técnica da Secretaria Estadual Saúde de Goiás mostra que o governo estadual está realizando ações no sentido de conter o atual estágio de propagação do vírus, mas com medidas de acordo com cada região.

Atos relacionados à criação, à divulgação e à disseminação de informações falsas podem ser enquadrados em pelo menos oito artigos do Código Penal, com penas que vão desde a aplicação de multas até a prisão. O combate a notícias falsas estão na mira da polícia e do Ministério Publico por representar risco ao controle da pandemia da Covid-19.

*** Com dados da Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

 

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