SISTEMA PENITENCIÁRIO – Justiça concede liberdade provisória a advogada Vegana por ‘má alimentação’ na cadeia

De acordo com a defesa, a ré comia apenas cenoura e quiabo desde que teve prisão preventiva decretada e foi internada em estado grave; ela é suspeita de integrar grupo especializado em jogos de azar.

Rodrigo Castro**

A Justiça de Goiás concedeu liberdade provisória a uma advogada vegana que alegou ter apresentado complicações de saúde pela alimentação inadequada no sistema penitenciário. Segundo os autos, ela comia apenas cenoura e quiabo desde que foi detida e precisou ser levada às pressas a um hospital, onde foi internada em estado grave.

Juíza Placidina Pires – “Defesa demonstrou que, por ser vegana, a ré necessitava de alimentação adequada não fornecida pela unidade prisional.”

Na decisão, a juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, argumentou que a defesa demonstrou que, por ser vegana, a ré necessitava de alimentação adequada não fornecida pela unidade prisional.

A magistrada substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. A advogada também não poderá mudar de endereço nem se ausentar por mais de oito dias de sua residência sem aviso e autorização prévia.

De acordo com o processo, a advogada é suspeita de integrar uma organização criminosa especializada na exploração de jogos de azar e a consequente lavagem do dinheiro obtido com as práticas ilícitas. O grupo atuaria dividido em três núcleos, com a ré desempenhando a função de subgerente, supostamente responsável por uma das casas de jogo controladas.

Ela teve a prisão preventiva decretada em 19 de novembro sob justificativa de que os investigados poderiam continuar obtendo vantagem econômica com a exploração dos jogos de azar. Após ser detida, ela foi levada para a Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia.

Segundo os autos, o inquérito policial apontou que a advogada e outros membros do grupo já teriam sido autuados pela prática.

No pedido de liberdade, a defesa negou que sua cliente tenha envolvimento nas ações narradas pelos investigadores e sustentou que ela “possui predicados pessoais favoráveis”. Entre eles, cita o fato de ser ré primária, possuir residência fixa e trabalhar como advogada. Os defensores ressaltam ainda que “sua liberdade não representa risco para o convívio social”.

Segundo o advogado Roberto Luiz da Cruz, a ré já teve alta do hospital e está em casa sob monitoramento eletrônico.

FONTE: ÉPOCA.COM

Share

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *