ALTO PARAÍSO DE GOIÁS – Alimentos arrecadados são entregues a famílias na região.

União entre poderes públicos e sociedade organizada está permitindo a entrega de mais mil cestas básicas as famílias em condições de vulnerabilidade social devido a pandemia do Covid-19.

Roberto Naborfazan

 

A Secretaria da Rede de Proteção Social de Alto Paraíso de Goiás deu início nesta semana a entrega de alimentos as famílias em condições de vulnerabilidade social devido a pandemia do coronavírus.

Serão entregues cerca de 1.050 cestas básicas doadas pelo governo do estado de Goiás, em ação da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), através da “Campanha de Combate à Propagação do Coronavírus”, e também pelo movimento iniciado por voluntários e a Secretaria da Rede de Proteção Social, primeiro denominado Cesta Solidária, e depois de agrupado passou a ter a denominação de Chapada Solidária (chapadasolidaria.org.).

A Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), sob a liderança da sua presidente de honra e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais do Estado, Gracinha Caiado, tem sido a organizadora na recepção das doações recebidas em nível estadual, e também pela montagem das cestas e distribuição para as prefeituras dos 246 municípios goianos.

Para Alto Paraíso de Goiás a OVG destinou 550 cestas básicas, leite e material de limpeza.

Segundo a coordenadora do CRAS, Adna Bernardes, dessas 550 cestas Básicas, 150 foram destinadas para a Associação Quilombola, na comunidade do distrito do Moinho, 30 para famílias cadastradas da região do Sertão, e 370 para as famílias cadastradas no Serviço Eventual da Secretaria da Rede de Proteção Social.

Os alimentos estão sendo entregues de forma coordenada, evitando que aja aglomerações.

O prefeito Martinho Mendes, ao lado da Secretária Rede de Proteção Social de Alto Paraíso de Goiás, Maiuza Leite, entregou na manhã desta quarta-feira, 29, ao presidente da Associação Quilombola do distrito do Moinho, Lucas Gomes, que estava acompanhado do vice-presidente, Celiomar Vidal, as 150 cestas básicas destinadas para a Associação Quilombola. Eles ficaram responsáveis pela entrega dos alimentos aos membros da comunidade.

O prefeito fez questão de agradecer o empenho da Fundação Palmares para que essas cestas básicas chegassem a Associação Quilombola.

Martinho Mendes agradeceu a Primeira-dama do estado, Gracinha Caiado, pela consideração e sensibilidade para com as famílias que passam por dificuldades no município, devido a pandemia do Covid-19. Assista ao vídeo.

A Secretária Rede de Proteção Social, Maiuza Leite, ressaltou também o resultado do trabalhado iniciado por voluntários, em parceria com a Rede de Proteção Social, chamado Cesta Solidária, que depois de um bom crescimento em termos de solidariedade e amor ao próximo, passou a se chamar Chapada Solidária, com adesão de empresários, ONGs, associações e pessoas da comunidade.

Maiuza Leite ressalta que, através desse trabalho em rede, com iniciativa da Associação Comunitária da Vila de São Jorge (ASJOR), a Fundação Banco do Brasil doou alimentos que possibilitaram a montagem de 800 Cestas Básicas para quatro municípios que integram a Chapada dos Veadeiros (Alto Paraíso de Goiás, Colinas do Sul, Teresina de Goiás e Cavalcante).

Desse montante, 500 cestas serão entregues para famílias em Alto Paraíso de Goiás, sendo 160 para famílias moradoras no distrito de São Jorge, e 340 para famílias cadastradas no Serviço Eventual da Secretaria da Rede de Proteção Social.

O prefeito Martinho Mendes frisou que muitas pessoas da comunidade têm procurado ajudar vizinhos e parentes dentro de suas possibilidades, e externou seus agradecimentos a elas.

Porém, pontuou o prefeito, o CRAS e a Rede de Proteção Social, por ter o cadastro e controle das famílias em situação de maior necessidade, tem trabalhado para que todas as doações arrecadadas cheguem, de forma rápida e sem intermediações, a mesa dessas famílias.

“O trabalho feito pelos voluntários, através do projeto Chapada Solidária, iniciativas como a da ASJOR junto a Fundação Banco do Brasil, e o empenho de nossa equipe de funcionários e colaboradores têm sido de fundamental importância nestes momentos de incertezas e dificuldades para nosso município, nosso Estado e nosso país” ressaltou o prefeito. Assista ao vídeo.

Decretos e flexibilização.

A prefeitura de Alto Paraíso de Goiás seguiu recomendações do Ministério Público Estadual e se baseou nos decretos emitidos pelo governo do estado para tomar medidas restritivas e de flexibilização como prevenção ao contágio pelo Coronavírus.

Um grupo de empresários e uma parcela da comunidade tem cobrado maior flexibilidade na abertura da economia local, enquanto vários empresários e outra parcela da comunidade quer restrição e fechamento do acesso de turistas ao município, até que diminua a incidência de contaminação e mortes em todo o país.

Essa divisão tem se mostrado não só em Alto Paraíso de Goiás, mas por todo o Brasil.

A liberdade de decisão dada aos municípios esbarra nos limites impostos pela Lei. Limites esses severamente cobrados pelo Ministério Público, como aconteceu recentemente com a decisão tomada pela prefeita Débora Domingues, de São João d’Aliança, município também integrante da Chapada dos Veadeiros.

Débora Domingues teve que revogar medidas de flexibilização baseadas nas peculiaridades de seu município, tomadas através de Decreto Municipal, que abriu algumas exceções para o funcionamento de estabelecimentos comerciais, como por exemplo, a reabertura de lojas de roupas e confecções, papelarias, lojas de venda e manutenção de eletroeletrônicos, lojas de venda de móveis e eletrodomésticos e instituições de ensino a distância.

O Ministério Público pleiteou liminar cobrando embasamento técnico e outras medidas, que foi acatada pelo MM Juiz de direito, estipulando multas tanto para a prefeita, quanto para a prefeitura.

Ao contrário de São João d’Aliança, que tem pujança no setor agropecuário, Alto Paraíso de Goiás tem a força de sua economia calcada no turismo, que alimenta empresários donos de atrativos naturais visitados por turistas do Brasil e do mundo, que por sua vez movimenta a rede hoteleira, restaurantes, bares e quase toda a cadeia comercial da cidade.

Flexibilizar a abertura do comércio local é colocar em risco toda a população moradora, principalmente os trabalhadores desses estabelecimentos comerciais, visto que não há como controlar de onde vêm e como chegam os visitantes.

“Existem grupos alardeando medidas futuras, como flexibilização e abertura comercial. Ouvimos vários empresários de várias tendências, somos gratos as sugestões e vamos adotar algumas dentro das possibilidades, mas nossas decisões serão sempre tomadas de forma técnica, embasadas em análises, estudos e recomendações de entidades como a secretaria estadual de saúde e o poder judiciário, sempre pautadas na defesa da saúde de nossa comunidade. Não serão pressões em redes sociais que irão nos tirar o foco de fortalecer nossos servidores da área da saúde, guerreiros, que lutam todos os dias para manter nossa cidade livre desses terrível vírus. Seguiremos as diretrizes vindas do governo do estado, e dentro do possível, faremos as adequações para a realidade de nosso município” concluiu o prefeito Martinho Mendes.