Prem Baba – Guru dá primeira entrevista após o escândalo.

Prem Baba reconhece ter abusado da confiança de fiéis, mas nega comparação com João de Deus.

Em primeira entrevista após escândalos, guru brasileiro diz que nunca houve sexo sem consentimento, mas mesmo assim se arrepende

Com cabelos curtos e sem a longa barba que lhe era peculiar, o guru Sri Prem Baba falou pela primeira vez após a revelação de que teve relações sexuais com duas discípulas casadas.

Em entrevista à revista Veja, Baba disse que se arrepende dos relacionamentos, e reitera que tudo foi consensual.  “Não tenho nada a ver com o João de Deus”, diz, referindo-se ao curandeiro acusado de estuprar seguidoras.

— Houve um erro moral — reconheceu na entrevista —. Mas o que vou fazer, me matar?  Vou dizer com muita clareza: não sou um abusador. Eu me conheço bem o suficiente para afirmar que jamais serei. Realizo meu trabalho com seriedade e compromisso, o qual foi construído ao longo de muito tempo e dedicação. Cerca de 70% da minha comunidade é formada por seguidoras mulheres. E eu respeito todas elas.

Após as denúncias, Prem Baba (“pai de amor”, em sânscrito) passou algum tempo recluso na Índia e nos Estados Unidos, antes de retornar ao Brasil.

Na entrevista, o guru revela que sua clientela sumiu e que “deixou de ser pop”, e anuncia que vai começar um ciclo “com mais simplicidade”. A exemplo do médium João de Deus, Baba se tornou amigo e conselheiro de celebridades como Reynaldo Gianecchini, Bruna Lombardi e Marcio Garcia e virou figura frequente em colunas sociais de jornais.

— Algumas pessoas me chutaram e fizeram bullying, outras ficaram neutras, com receio de o escândalo respingar na imagem delas. Mas houve quem ofereceu a mão para me levantar. Eu fiquei menor — afirmou à Veja.  — Volto com uma comunidade sem o mesmo tamanho, houve uma fuga de gente.

Os maridos das duas seguidoras com quem o guru se relacionou disseram à época das denúncias que Braba afirmava ser celibatário. Na entrevista, o guru afirma fazer parte da linhagem Brahma Chakra,  “que nos leva a nos libertar da dependência do sexo”. mas afirma que anular a prática sexual não é uma obrigação.

— Posso transar se quiser, mas já passei muitos anos sem sexo. Não há contradição. Não pratico o caminho da proibição, mas o da transcendência. Canalizo energia para o meu trabalho espiritual.

FONTE: O Globo

 

 

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